Speech de boas vindas!

Senhoras e Senhores,

Bem vindos ao blog "aqui em cima".

Obeservem o número da poltrona no cartão de embarque.

Junto as saídas de emergência, não é permitida a acomodação de crianças ou colocação de bagagens.

Acomodem a bagagem de mão no compartimento acima ou embaixo da poltrona à sua frente.

Lembramos que os pertences de mão trazidos a bordo são de responsabilidade dos clientes.

Obrigado.

29 de junho de 2011

TPS3 de Guarulhos, o começo de uma nova novela da aviação

A Infraero, empresa estatal que administra os principais aeroportos do país, aprovou o projeto de construção do terceiro terminal de passageiros do aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo.

A obra, considerada essencial para atender a demanda de passageiros durante a Copa de 2014, prevê ampliar de 183 mil metros quadrados para 230 mil metros quadrados a área construída de Cumbica, um crescimento de 126%.



O novo terminal, segundo especialistas do setor aéreo, deve ter capacidade para receber mais de 19 milhões de passageiros por ano. Hoje, os dois terminais em operação, juntos, recebem cerca de 20,5 milhões de pessoas.

Para tirar a obra do papel, a Infraero decidiu fatiar a entrega do projeto. Os primeiros 40% devem ser entregues até o final de 2013, ou seja, restando pouco mais de seis meses para a Copa de 2014. O investimento previsto para concluir essa etapa será de R$ 716, 6 milhões.

A Infraero avalia que o edital de licitação para construção do novo terminal deve ser concluído até o final do ano. A estatal diz que a privatização dos aeroportos, anuncida há cerca de dois meses pelo governo federal, não irá interfir na obra.

Com a construção do terceiro terminal, engenheiros aeronáuticos avaliam que o governo terá de encontrar, o mais rápido possível, uma solução para o entrave do limite das pistas de pouso e decolagem.

O terceiro terminal do Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP), terá estrutura integralmente metálica, com um desenho em T, num formato que lembra um avião. O estudo preliminar – que já contempla o projeto arquitetônico – é assinado pelo escritório paulistano de Mario Biselli e Artur Katchborian, juntamente com a arquiteta Gicele Alves. “O projeto arquitetônico já está totalmente aprovado. Essa configuração não muda mais. Agora estamos iniciando o projeto básico, com os detalhes técnicos para a engenharia e para a fase de licitação”, afirma Biselli.

Segundo o arquiteto Biselli, embora o uso de formas associadas a aeronaves tenha sido “quase inevitável”, o que norteou o projeto foram os requisitos funcionais e as especificações pré-determinadas pelo edital.

“A configuração em T, em finger, é um dado do edital, o que permitiu enxergarmos a possibilidade de uma forma muito bonita, com uma arquitetura ligada ao conjunto estético relacionado ao universo do voo”, diz.

Ele explica que foi também a demanda por uma obra de rápida execução que levou à escolha do uso de material pré-fabricado, com pilares metálicos que se abrem como galhos de árvores. “Todo o terminal será em estrutura metálica, com componentes repetidos que se montam de maneira muita rápida. É totalmente diferente dos terminais 1 e 2, que são de concreto", compara.



Com o uso de estrutura metálica, o terminal terá vários vãos livres, sendo o maior deles de 120 metros. A cobertura possuirá generosos beirais e cantos arredondados, com aberturas e vidros, transformando a luz natural como um importante elemento de iluminação. “À noite, a imagem será a de um negativo, com a iluminação interna destacando as formas do terminal”, afirma Biselli.

O edital também estabelecia que embarque e desembarque ficassem em áreas separadas. De acordo com o projeto, o piso do embarque e os mezaninos ficarão na cobertura. A parte de baixo terá três pavimentos: o desembarque, o nível da pista e um subsolo.
O projeto prevê ainda um edifício-garagem com seis pisos, com capacidade para cerca de 8 mil veículos, conexão física com os outros terminais existentes, e local para estação de trem, prevista no edital.

A licitação para o início das obras depende do detalhamento dos requisitos técnicos e ainda não tem data marcada. A previsão é de lançar o edital de licitação da construção das instalações no primeiro semestre do ano que vem.

KLM inicia as operações com querosene feito de óleo de cozinha



A empresa aérea holandesa KLM fez, nesta quarta-feira, o primeiro voo comercial de passageiros utilizando bioquerosene, feito parcialmente com base de óleo de cozinha usado. Segundo informou a companhia aérea, 171 pessoas estavam a bordo do Boeing 737-800, que saiu às 12h30 (horário local) de Amsterdã com destino a Paris.



O combustível feito a partir de óleo de cozinha também será usado em vôos programados para setembro. A empresa diz que desenvolve bioquerosone de diversas matérias primas desde 2007 e que pretende ter até o final do ano mais de 200 voos para Paris com a mistura sustentável que reduz as emissões de CO2.

Fly & drive com a Azul e Avis

Parceria estabelecida entre a Azul Viagens e a Avis Rent a Car possibilitará que o cliente da operadora possa usar o localizador de sua reserva para a retirada do veiculo. É a primeira operação da locadora de automóveis que prescinde da emissão de voucher, uma vez que os sistemas de ambas estão integrados.

A operadora de viagens da Azul Linhas Aéreas Brasileiras, assinou acordo comercial com empresa que integra o Avis Budget Group, maior operador de locação de veículos do mundo. O objetivo é difundir o conceito Fly & Drive em pacotes aéreos e serviços terrestres pelo Brasil.



Com a nova prática, aluguel de veículos torna-se uma transação mais simples e eficiente, podendo ser feita no próprio site com confirmação online. O cliente utiliza o localizador da reserva, enviado via e-mail, para fazer a retirada do carro previamente contratado. A locação pode ser parcelada em até dez vezes, sem juros.

Para o presidente da Avis Rent a Car, Afonso Celso de Barros Santos, o acordo confirma a tradição da locadora de proporcionar as melhores opções e vantagens aos clientes. “Ao fechar sua viagem com a Azul, o cliente, em viagens de negócios ou a lazer, tem a opção de já sair com o carro alugado, com liberdade para explorar o destino escolhido, aproveitando a qualidade e a facilidade do serviço”.




A parceria é válida em todos os destinos operados pela Azul (voos para 37 cidades), e servidos pela rede Avis que está no Brasil há 34 anos, com mais de 100 lojas e frota de 20 mil veículos.

TAM amplia market-share

A TAM Linhas Aéreas registrou crescimento de 39,3% na demanda de passageiros transportados (RPK) em seus voos domésticos de maio, na comparação com o mesmo período de 2010. O aumento ficou 10,6 pontos percentuais acima da média da indústria (28,7%) e, com isso, voltou a ampliar sua liderança no mercado brasileiro de aviação, com participação de 44,4%, de acordo com os dados divulgados hoje (28) pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).



Nas operações internacionais, o aumento da demanda foi de 20,5% e a companhia também ampliou a liderança no segmento de linhas para o exterior operadas por empresas aéreas brasileiras, com market share de 89,6%.

No mercado doméstico, incluindo os dados da Pantanal, a TAM aumentou sua oferta (ASK) em 17,6%, em relação a maio de 2010, o que, combinado com o crescimento de 39,3% na demanda, levou a uma alta de 10,5 pontos percentuais na taxa de ocupação (load factor), para 67,6%, na comparação anual.

“O desempenho de maio demonstra o sucesso da nossa estratégia de, através de nosso projeto de varejo, promover o transporte aéreo para as classes emergentes, aumentando cada vez mais o volume de passageiros fora dos horários de pico”, afirmou a empresa em nota. A empresa fechou parceria com a Casa Bahia em agosto.

Nos voos internacionais, a TAM atingiu uma taxa de ocupação de 82,1% em maio, como resultado de um aumento de 14,7% na oferta, combinado com o crescimento de 20,5% na demanda. O yield internacional em dólar aumentou na comparação com o mês anterior.



No acumulado dos cinco primeiros meses, a TAM registrou market share de 42,9% no mercado doméstico e de 87,3% no segmento das linhas internacionais operadas por empresas aéreas brasileiras. O load factor, por sua vez, foi de 70,4% nos voos nacionais e de 81,1% nas operações para o exterior, com crescimento na demanda de, respectivamente, 23,5% e 20,6%.




“O mercado internacional continua aquecido, mesmo em maio que é um dos meses sazonalmente mais fracos do ano, impulsionado principalmente pela valorização do real”, afirmou a TAM. “Além disso, observamos alta demanda pelas frequências adicionais partindo do Galeão no Rio de Janeiro para Nova York, Frankfurt, iniciadas durante o mês de maio.”

28 de junho de 2011

Governo diz que fará plano antiapagão aéreo

O governo federal anunciará até o fim desta semana um plano de contingência para reduzir transtornos na aviação durante as férias de julho, que incluirá internet sem fio gratuita. A presidente Dilma Rousseff teme que os problemas de atrasos de voos e overbooking no período de intenso movimento de passageiros aumentem ainda mais as críticas da Fifa e de setores da opinião pública pela demora nas obras de melhoria das pistas e dos terminais das cidades que realizarão jogos da Copa do Mundo de 2014.

Dilma se reuniu ontem com o ministro da Aviação Civil, Wagner Bittencourt, e a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para discutir o plano de contingência. A presidente pediu a Wagner Bittencourt relatórios sobre a situação dos voos. Ela vai acompanhar pessoalmente a situação nos terminais e exigir providências imediatas das companhias. "Ela quer receber relatórios para saber o que está acontecendo", afirmou a ministra Gleisi. "É preciso um comprometimento das empresas aéreas de que não haverá casos de overbooking (venda de passagens acima da capacidade dos voos)."

Na sexta-feira, o secretário-geral da FIFA, Jerome Valcke, afirmou, em discurso em Moscou, que a "falta" de aeroportos no Brasil é um dos principais problemas para a realização da Copa do Mundo de 2014. O ministro do Esporte, Orlando Silva, que ontem se encontrou com a presidente Dilma Rousseff, rebateu: "Essa é uma manifestação de quem desconhece o País e acompanha remotamente nosso processo de preparação para a Copa."

Em entrevista após o encontro, Gleisi informou ainda que a presidente determinou que os principais aeroportos ofereçam internet sem fio gratuita nos terminais durante esse período de férias de meio de ano. A própria ministra, no entanto, reconheceu que a medida poderá ser aplicada apenas no fim do mês, no retorno dos passageiros das férias. "A presidente quer internet grátis. Queremos implementar no início de julho. Se não for possível, que seja no fim das férias", disse.

Pena que o governo não trabalha em conjunto com as companhias aéreas, que já fizeram seu próprio plano antiapagão meses e meses antes de chegar as férias. Tudo na aviação é questão de planejamento extremamente antecipado. Será que o governo sabe disso?

China impõe condições para compra de aviões europeus

A China condicionou a assinatura de contratos com a Airbus a uma isenção da taxa sobre a emissão de CO2 que a União Europeia (UE) imporá às companhias chinesas, informaram nesta segunda-feira fontes industriais em Berlim.

O conflito sobre a taxa de emissões de CO2 "será objeto de discussões na terça-feira" durante as primeiras consultas governamentais sino-alemãs em Berlim, declarou um responsável da indústria aeronáutica.



A chanceler alemã, Angela Merkel, recebe o primeiro-ministro Wen Joabao e uma importante delegação com a esperança de assinar contratos interessantes, sobretudo em aeronáutica, afirmou um responsável alemão que pediu para não ser identificado.
O jornal de negócios Handelsblatt informou nesta sexta-feira que, para exercer pressão sobre a UE, Pequim bloqueava a assinatura de um pedido de dez A380, por um valor de 4 bilhões de euros a preço de catálogo, que devia ser anunciada pela companhia chinesa Hong Kong Airlines.

A partir de 1º de janeiro de 2012, serão atribuídas cotas de emissões de CO2 às companhias aéreas que aterrissarem ou decolarem na Europa. Inicialmente, será em função de seu consumo médio de combustível entre os anos 2004 e 2006.
As companhias chinesas estimam que a taxa poderá custar 800 milhões de iuanes (87 milhões de euros) por ano desde 2012 e subir para 3 bilhões de iuanes em 2020, segundo o jornal Notícias de Pequim.

Webjet condenada pela 6ª Vara Empresarial do Rio

A juíza Maria Isabel Paes Gonçalves, da 6ª vara Empresarial do RJ, acolheu na última quarta-feira, 22, liminar que proíbe a empresa Webjet Linhas Aéreas de cobrar qualquer importância sobre a marcação de assentos, bem como encargo de compra pela internet, e de cobrar o adicional de compra parcelada, além de ter que suspender a exibição de pop-up reafirmatória para os consumidores que já hajam manifestado seu interesse em não contratar o pacote de "Seguro Viagem Premiada". A decisão acolheu pedido do MPE. Em caso de desobediência, a companhia terá de pagar multa de R$50 mil, por ocorrência.

"Considerando que as práticas adotadas pela ré, na fase de contratação do serviço, podem em tese ser caracterizadas como lesivas ao consumidor, nos termos em que previstos nos arts. 39, incisos I e V, art. 36 e 37, parágrafo 1º e art. 6º, III, todos da lei 8078/90, merece acolhimento a liminar requerida", destacou a juíza.



A ação civil coletiva foi proposta pelo MP tendo como base o Inquérito Civil 002/11, instaurado para apurar a responsabilidade da empresa aérea por possíveis lesões a interesses de consumidores, em razão de práticas abusivas adotadas.

Na decisão, a juíza afirmou ter constado as irregularidades citadas ao simular uma compra de bilhete através da página que empresa mantém na internet. "Ao adentrar ao site da empresa ré, como fez esta magistrada, simulando a aquisição de passagem, com o objetivo de melhor compreender a natureza da demanda e os fatos alegados, constatei que, efetivamente, há uma indução a marcação do assento e conseqüente pagamento do custo adicional pela opção".

De acordo com o promotor Rodrigo Terra, as taxas adotadas pela empresa foram consideradas abusivas e contrárias aos interesses dos consumidores. Dentre as práticas condenadas pela Justiça está a de cobrança de R$ 5 e/ou R$ 10 para a marcação de assento – quando o passageiro não aceita fazer o pagamento, a escolha é aleatória. Segundo o texto da decisão do Juízo da 6ª Vara Empresarial, a Webjet também “induz o consumidor ao erro” ao insistir com pop-up’s sobre o pagamento do seguro, que é opcional. Outra taxa cobrada era a de R$ 7 pela compra feita no site da empresa e o adicional de R$ 4,80, se parcelada.

“A disponibilização de transação comercial pela internet no mundo pós-modernidade corresponde a mais elementar prática comercial. Adotada e mundialmente difundida exatamente com a finalidade de maior alcance de público, com consequente aumento de vendas e, por outro lado, redução do custo operacional (...). Ou seja, a disponibilização de tal modalidade de venda, atende precipuamente aos interesses de faturamento do fornecedor. Não se mostrando razoável que pretenda transferir ao consumidor o custo pelo crescimento financeiro de sua atividade empresarial”, atesta o texto da decisão.

TAM e Azul Linhas Aéreas saem premiadas da Skytrax World Airline Awards


A Azul Linhas Aéreas Brasileiras foi eleita a melhor companhia aérea low-cost pela Skytrax World Airline Awards, premiação reconhecida como referencial de excelência no setor aéreo. A entrega do prêmio ocorreu no último dia 22 no Musée de l'Air et de l'Espace, em Paris, durante o 49º International Paris Air Show, em Le Bourget, na França.



Para chegar ao resultado, a consultoria especializada realizou uma pesquisa de satisfação durante dez meses, em que 18.8 milhões de clientes de companhias aéreas em mais de 100 nacionalidades diferentes participaram. O levantamento inclui a avaliação de 200 companhias aéreas, desde as grandes empresas internacionais até as médias e de pequeno porte, com voos domésticos ou regionais. O estudo analisa a experiência de viagem do passageiro, passando pelo atendimento no aeroporto e a bordo, check-in, limpeza da cabine, alimentos, bebidas, etc.



“Esse prêmio é o resultado de um trabalho feito com paixão e profissionalismo por todos os colaboradores da Azul, que depositam todos os dias a sua energia na prestação de um serviço diferenciado e humano”, afirma o diretor de Comunicação e Marca da Azul, Gianfranco Beting.

Na mesma premiação, a Tam foi considerada a "Melhor Companhia Aérea da América do Sul" e reconhecida pela "Excelência em atendimento na América do Sul", recebendo portanto dois prêmios.

É a primeira vez que a empresa recebe os prêmios da Skytrax, que realiza o World Airline Awards desde 1999. "Cada vez mais consolidamos nossa posição entre as principais empresas do mercado mundial de aviação. Receber este reconhecimento no Paris Air Show como melhor empresa da América do Sul e também pela excelência no atendimento nos deixa especialmente orgulhosos, principalmente porque os premiados pelo World Airline Awards são escolhidos pelos próprios passageiros", comentou Líbano Barroso, presidente da Tam.



"A TAM têm aprecido constantemente nas primeiras posições da categoria Melhor Companhia Aérea da América Latina nos últimos anos, e nós gostaríamos de parabenizá-los pela conquista de 2011. Tendo entrado no ranking global deste ano, agora nós vemos a TAM entre a 25 melhores companhias aéreas do mundo. O prêmio de Exclência em atendimento só vem provar o peso por trás da experiência proporcionada pela TAM em terra e também no ar", disse o CEO da Skytrax, Edward Plaisted.



A companhia aérea TRIP também recebeu o prêmio de melhor companhia aérea regional da America Latina.

Para conferir a lista completa da premiação e seus ganhadores, acesse o site da Skytrax

24 de junho de 2011

Infrazero, opsss, Infraero dançou!!!!!

A filha de um co-piloto morto durante uma tentativa sequestro de um avião da extinta companhia aérea Vasp, em 1988, teve o pedido de indenização por dano moral revisto pela Justiça. A 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) condenou a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) a pagar a compensação e aumentou o valor de R$ 100 mil para R$ 250 mil, informou a corte nesta sexta-feira.



O co-piloto Salvador Evangelista estava no avião da empresa que fazia a rota Belo Horizonte - Rio de Janeiro, e foi morto ao tentar desarmar o sequestrador. Wendy Fernandes Evangelista era criança na época da morte do pai.

O caso ocorreu em janeiro de 1988, quando o tratorista desempregado Raimundo Nonato tomou o avião, um Boeing 737-300, e fez a tripulação refém. O objetivo do sequestrador era jogar a aeronave contra o Palácio do Planalto, pois culpava o então presidente José Sarney por sua dificuldade econômica. Ele deu um tiro na cabeça de Evangelista quando ele tentou desarmá-lo. Após muita negociação, o comandante conseguiu descer em Goiânia.

Após decisão favorável a Wendy em primeira instância, a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) apelou ao TRF4 alegando que, na época, não era sua atribuição proteger os aeroportos com medidas preventivas, que foi um caso fortuito e que já teria se passado muito tempo, já que Wendy entrou com a ação em 2007. A autora também apelou pedindo aumento do valor da indenização.

O relator da apelação, desembargador federal Fernando Quadros da Silva, entendeu que a Infraero foi omissa porque o sequestrador entrou no avião portando arma de fogo sem qualquer dificuldade. Silva também rejeitou o argumento sobre o tempo para o pedido de indenização.

Paris Air Show 2011: o trono do rei dos ares está ameaçado

A Airbus ameaça destronar o valioso reinado que pertence à americana Boeing: o de montar o avião mais vendido na história da aviação.



Nesta semana, durante a Paris Air Show, uma das maiores feiras de aviação, a Airbus fechou a venda de 667 unidades do A320neo, a versão mais econômica em termos de consumo de combustível do avião de corredor único lançado nos anos 1980.

Levando em consideração que o preço de tabela chega a US$ 90 milhões, os contratos assinados pela Airbus somam US$ 60 bilhões com as companhias aéreas. Normalmente, há descontos nas compras em grandes quantidades.

Mas, mesmo assim, desde que foi lançado em dezembro, a Airbus já fechou acordos para vender mais de 1 mil modelos do A320neo – algo inédito no setor em tão pouco tempo.

A própria Airbus não escondeu a euforia. "Quando fui para o conselho no ano passado para aprovar o A320neo, eu prometi fortes vendas por muitos anos à frente desta família de aviões", disse Tom Enders, presidente-executivo e do conselho da Airbus. "Mas, até agora, tenho de admitir que não sabia que ele seria um best-seller em apenas seis meses após o lançamento."

Na mesma feira, a Boieng revelou a venda de apenas 87 unidades do modelo 737NG, a versão atual e modernizada do avião mais vendido da história.



Airbus e Boeing disputam o comando dos céus e nunca escondem suas diferenças. Durante a feira em Paris, Jim Albaugh, vice-presidente da Boeing, desdenhou o avião da rival, dizendo o A320neo era apenas uma remodelagem e tinha o objetivo de chegar ao padrão do 737NG.

"Se depois deste show de vendas, nossos colegas de Seattle (cidade americana que é a sede da Boeing) ainda dizem que o A320neo está apenas recuperando o atraso em relação ao 737NG, eu realmente pergunto a mim mesmo: o que eles estão fumando”, disse Enders.

Caso continue neste ritmo, a Airbus poderá ameaçar a supremacia da do 737 da Boeing. Desde que voou pela primeira vez, em 1967, mais de 8,8 mil unidades do 737, o “fusquinha da aviação”, foram vendidas. Deste total, 6,7 mil foram entregues pela fabricante americana, incluindo a nova geração, um projeto totalmente novo, mas que traz a mesma numeração do antigo projeto, o 737.



Até maio, antes de a feira de Paris começar, a Airbus tinha vendido para as diferentes versões da família A320, incluindo todas versões, mais de 7 mil aviões. Deste total, a empresa entregou até agora 4,6 mil unidades. Com as vendas em Paris, essa margem ficou mais estreita.

Novas tecnologias da ALCOA estarão nos Airbus

A fabricante de alumínio Alcoa anunciou nesta sexta-feira (24/6) um acordo de 1 bilhão de dólares com a Airbus para o fornecimento de folhas de alumínio e outros produtos. O tempo de vigência do acordo, firmado na Paris Air Show, não foi divulgado.



Os produtos da Alcoa serão utilizados em praticamente todos os modelos comerciais da Airbus, incluindo o A380 e de painéis de fuselagem para componentes estruturais. Os produtos laminados planos da Alcoa serão fornecido a partir de plantas da companhia em Davenport (Estados Unidos), no Reino Unido e em Belaya Kalitva (Rússia).

No início deste mês Alcoa lançou uma série de soluções aeroespaciais, como novas ligas e avançadas tecnologias estruturais que irão diminuir o peso, o custo e a manutenção das aeronaves.

A unidade de negócios aeroespaciais da Alcoa é composta por quatro unidades, que totalizam aproximadamente 3 bilhões de dólares em receitas.

23 de junho de 2011

Rolls-Royce confirma alterações no Trent-XWB para o A350-1000



Os CEOs da Airbus e da Rolls-Royce, Tom Enders e John Rishton, assinaram o acordo histórico para, juntos, aprimorarem a aeronave Airbus A35-1000 operada por um motor Rolls-Royce com maior potência, o turbofan Trent XWB.



A versão aperfeiçoada do motor Trent XWB será totalmente otimizada para o maior membro da Família A350 XWB e terá até 44.000 quilos de potência durante a decolagem, tornando-o o motor mais potente já desenvolvido para uma aeronave Airbus.



A potência extra aliada à capacidade aumentada de peso para a decolagem de 308 toneladas permitirá às companhias aéreas voarem o novo A350-1000 até 400 milhas náuticas a mais com carga total de 350 passageiros ou transportar cerca de 4,5 toneladas extras de carga paga em determinado alcance. Mais ainda, o A350-1000 economizará para as empresas 25% em queima de combustível e emissões de CO2 que o seu concorrente mais próximo. Este fato assegurará, com certeza, a posição do A350-1000 como a aeronave mais eficiente em sua categoria.

Backlog da EMBRAER deve crescer em 2011

A Embraer caminha para registrar em 2011 crescimento em sua carteira de pedidos de aviões comerciais após queda nos últimos três anos, apesar de ter anunciado menos encomendas do que alguns analistas esperavam no salão de aeronáutica Paris Air Show.

A crise financeira e a recessão global de 2008 e 2009 tiveram sérios efeitos sobre a indústria aérea, motivando cancelamentos de pedidos para as principais fabricantes e postergação do recebimento de aviões por companhias aéreas.

Nesse cenário, a carteira firme de pedidos (backlog) da Embraer caiu nos fechamentos de 2008 a 2010, com os novos pedidos não sendo suficientes para repor as entregas de aviões feitas aos clientes.

Com as vendas de 39 aeronaves divulgadas em Le Bourget no começo desta semana, a Embraer praticamente empata o número de entregas de aviões programadas para 2011 com as encomendas fechadas até agora no ano.

Incluindo os contratos apresentados na feira, a Embraer conseguiu pedidos firmes por 99 aeronaves comerciais de janeiro a junho, enquanto a previsão de entregas é de 102 unidades até o final do ano.

"Nossa meta é ter pelo menos um pedido firme para cada entrega, para voltar a recompor o backlog. Nosso backlog vinha caindo, agora estabilizou. Vamos ver se conseguimos voltar a fazer o backlog crescer um pouco," disse à Reuters o presidente-executivo da Embraer, Frederico Curado, na véspera da abertura da feira aérea.

A Embraer espera firmar em breve contrato de até 10 jatos para a Republic Airlines. Há uma campanha com a Delta Air Lines --com desfecho esperado para outubro e que incluiria cerca de 100 jatos regionais. Outra concorrência envolve a companhia aérea Garuda, que comprará 25 jatos regionais Embraer ou Bombardier.

A Embraer não tem o costume de reservar encomendas para divulgar durante as grandes feiras de aviação, como fazem Boeing, Airbus e Bombardier. Mas invariavelmente investidores e analistas criam expectativas de que negócios serão fechados e apresentados nessas ocasiões.

Na segunda-feira, a Embraer anunciou o pacote de encomendas de cinco de 1,7 bilhão de dólares. Apesar disso, suas ações negociadas na Bovespa recuaram cerca de 2 por cento, pressionadas pela informação de que é pequena a chance de a companhia aérea JetBlue exercer as opções de compra de 100 jatos Embraer 190, que a valores de tabela presentes representariam mais de 4 bilhões de dólares.

A carteira financeira de pedidos firmes da Embraer estava em 16 bilhões de dólares em março, incluindo aviação comercial, executiva e defesa, alta de 400 milhões de dólares sobre dezembro mas longe do recorde histórico de 21,6 bilhões de dólares do final do terceiro trimestre de 2008, antes do aprofundamento da crise global.

American Airlines vai lançar o ecoDemonstrator

A American Airlines será o cliente de lançamento do Programa ecoDemonstrator. A aeronave Boeing Next-Generation 737-800 será usada no voo de teste e estimula a preparação do mercado para as tecnologias emergentes.

“Nós estamos orgulhosos de ter a American Airlines como nossa parceira de lançamento para esta nova geração de tecnologia que pode apoiar o papel da aviação como o mais eficiente meio de transporte global", disse o vice-presidente da Boeing para o Meio Ambiente e Políticas de Aviação, Billy Glover.

“A American Airlines reconhece a sua responsabilidade em minimizar o impacto no meio ambiente tanto quanto for possível, e nós buscamos todas as oportunidades de fazer isso”, disse o vice-presidente da American Flight, John Hale. “Nossa parceira com a Boeing nos permite fazer avanços significativos ao colocar no ar os aviões mais eficientes no consumo de combustível, o que é a maneira mais efetiva de reduzir a nossa pegada de carbono. Continuamos comprometidos com a identificação e implementação de novas tecnologias e programas que facilitem nosso desempenho ambienta”.

Em 2012 haverá algumas tecnologias específicas testadas em voos: tecnologia adaptável de trilha limite, que reduz ruído e emissões durante as fazes do voo; área variável do bocal do ventilador, que reduz o ruído para a comunidade e permite eficiência avançada de tecnologia do motor; otimização de trajetória de voo que permite as companhias aéreas determinarem rotas com maior eficiência de combustível e células de combustível regenerativas para energia a bordo.

Trent 1000 já recebeu certificação da JCAB

A Rolls-Royce, empresa global de sistemas de energia, recebeu da autoridade de aviação do Japão a homologação para o motor Trent 1000, autorizando sua entrada em serviço nas aeronaves Boeing 787 Dreamliner da All Nippon Airways (ANA).



O Departamento de Aviação Civil do Japão (Japanese Civil Aviation Board, JCAB) concedeu um Certificado de Aprovação de Tipo, o primeiro concedido a um motor destinado ao avião Boeing 787 Dreamliner.

No mês passado, a Rolls-Royce anunciou que o Trent 1000 havia recebido a aprovação para operações ETOPS (Extended Twin Engine Operations, ou Operações Prolongadas de Bimotores) pela Federal Aviation Authority (FAA), fato também pioneiro para um motor em operação no 787.



Os ensaios em voo da combinação motor/avião para dar suporte à aprovação ETOPS estão agora em andamento e já foram entregues os motores para o primeiro 787 Dreamliner da Boeing

Simon Carlisle, Diretor da Rolls-Royce para o Programa do Trent 1000, declarou: "A aprovação do JCAB é um marco significativo para esse programa. O motor Trent 1000 é líder no equipamento dos 787 Dreamliner, e oferece o menor consumo de combustível, menor nível de ruído e menor peso, o que contribui para o objetivo do 787 de gerar 20 por cento a menos de CO2 do que os aviões da geração anterior. Esperamos celebrar a entrada em serviço do 787 Dreamliner com a All Nippon Airways".

O Trent 1000, que funcionou pela primeira vez em 2006, recebeu a certificação da FAA em agosto de 2007 e já acumulou mais de 10.000 horas em ensaios em voo e no solo.



O Trent 1000 impulsionou o 787 Dreamliner em seu primeiro voo, em dezembro de 2009, e o impulsionou em 80 por cento de todos os voos e horas de teste. O motor impulsiona cinco de cada sete aviões no programa de ensaios em voo do 787. Perfil- A Rolls-Royce é um dos maiores fornecedores mundiais de sistemas e serviços de energia para uso em terra, mar e ar, e estabeleceu uma posição forte em mercados globais - aeroespacial civil, aeroespacial militar, marítimo e de energia.

Azul faz homenagem aos 30 anos da ATR

A Azul Linhas Aéreas Brasileiras estiliza um turboélice ATR 72-200 com pintura especial em homenagem aos 30 anos da fabricante franco-italiana. A aeronave foi apresentada no 49º Internacional Paris Air Show, em Lê Bourget, na França, uma das mais importantes feiras de aviação do mundo.



Com matrícula PR-AZY e nome de batismo "Azzurro", o turboélice será o sétimo a ser incorporado na frota da Azul. A previsão é que ele esteja no Brasil na próxima semana e entre em operação a partir de julho.

A Azul iniciou suas operações com os turboélices ATR 72-200 em março, quando passou a atender cidades como Ribeirão Preto e São José do Rio Preto. Hoje, além destas, a companhia opera em Presidente Prudente, Araçatuba e Uberaba. Até agosto, passará a atender as cidades de Marília e Juiz de Fora.



A International Paris Air Show 2011 (Le Bourget) conta com dois mil expositores, 138 mil visitantes, três mil jornalistas e 200 delegações oficiais. O evento é referência em novidades e profissionais do setor e é considerada a maior feira de aviação do mundo.

Avianca faz maior encomenda de Airbus por uma empresa latino-americana

Avianca Taca Holding S A, a companhia controladora das aéreas Avianca e Taca, e também da Galápagos do Equador, recentemente incorporada, confirmaram ontem o memorial de entendimento com o consórcio Airbus para a aquisição de 51 novos aviões da família A320 naquele que poderá se confirmar como o maior pedido do setor na América Latina junto ao fabricante europeu.

O pedido formalizado nesta terça durante a Paris Air Show, em Le Bourget, compreende 33 equipamentos da geração A320neo, tecnologia eco-eficiente que será disponibilizada a partir do ano de 2017.



“Desde 1998 temos confiado nas vantagens da família A320, em especial para os benefícios dos viajantes, o rendimento operacional e a sua comprovada confiabilidade técnica. Com a inclusão dos A320neo, a frota integrada de Avianca e Taca redundará em maior eficiência, menor consumo e maior alcance”, afirmou Fabio Villegas, presidente e CEO da holding aérea.

Avianca e Taca contam com um pedido conjunto de 133 aeronaves junto á Airbus. Em sua frota atual operam 22 aeronaves de todos os modelos da família A320, constituindo-se na única companhia da América Latina e a terceira do mundo a ter esta condição.

Mas, não parou por aí, porque hoje à tarde, o magnata Germán Efromovich, controlador da companhia aérea AviancaTaca, afirmou que negocia com a Airbus e outro fabricante a compra de cerca de 50 aviões a mais, principalmente para as operações da Avianca Brasil.

Em uma entrevista à Reuters na capital chilena, Efromovich revelou que as aeronaves a serem adquiridas seriam de envergadura semelhante às do acordo de compra que a AviancaTaca fechou na quarta-feira, de 51 aviões Airbus, por 4,5 bilhões de dólares.

"Nos encontramos em um período em que deveríamos colocar um pedido para um dos fabricantes para a Avianca Brasil, estamos em negociações, não fechamos com nenhum dos dois, mas estamos conversando sobre uma compra quase do mesmo tamanho (que o feito pela AviancaTaca)", afirmou Efromovich.

O empresário naturalizado brasileiro, que participou de um seminário em Santiago, afirmou que os planos de investimento do grupo nos próximos cinco anos superam 7 bilhões de dólares em aquisições de aviões.




O controlador da AviancaTaca revelou que entre os planos está a listagem da empresa no mercado dos EUA.

"Definitivamente, vamos fazer isso, nos próximos anos isso vai ocorrer (listar em Nova York)", disse.

22 de junho de 2011

Embraer e a Paris Air Show

Verdadeiro "céu de brigadeiro" para a gigante Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), instalada em São José dos Campos (SJC), no interior paulista. Na maior feira do setor da Europa, a Le Bourget, em Paris, a empresa chamou a atenção por importantes negociações firmadas. A direção da companhia anunciou a venda de 39 aeronaves E-190 logo no primeiro dia do evento que seguirá até o dia 26, em sua 49ª edição. Os primeiros negócios com a fabricante nacional já colocaram em sua carteira de vendas firmes mais US$ 1,8 bilhão.



No entanto, a Embraer espera aumentar esse montante para a casa dos US$ 2,6 bilhões a US$ 3 bilhões para outras 22 opções de compra de jatos e serviços firmadas por outras operadoras aéreas. Entre os compradores, o mais vultoso foi fechado pela Sriwijaya Air, de Jacarta, Indonésia. A operadora firmou a compra de 20 aeronaves E-190, numa transação que vinha desde o início deste ano quando o mercado de aeronaves passou a reagir após a crise norte-americana. A venda dos 20 jatos comerciais E-190 foi de US$ 856 milhões.



No entanto, a Embraer espera aumentar esse montante para a casa dos US$ 2,6 bilhões a US$ 3 bilhões para outras 22 opções de compra de jatos e serviços firmadas por outras operadoras aéreas. Entre os compradores, o mais vultoso foi fechado pela Sriwijaya Air, de Jacarta, Indonésia. A operadora firmou a compra de 20 aeronaves E-190, numa transação que vinha desde o início deste ano quando o mercado de aeronaves passou a reagir após a crise norte-americana. A venda dos 20 jatos comerciais E-190 foi de US$ 856 milhões.



A Embraer com a JetBlue firmaram acordo, que será cumprido entre as duas partes. A fabricante brasileira de jatos entregará 100 aviões para a companhia aérea, apesar dos planos de revisão de frota da cliente. A informação foi dada pelo vice-presidente de Aviação Comercial da Embraer, Paulo César de Souza e Silva, durante a feira de Le Bourget. A JetBlue anunciou que revisará sua frota e intensificará o uso dos jatos regionais Embraer 190. A expectativa da JetBlue é utilizar 75 aparelhos brasileiros em suas operações, de acordo com comunicado ao mercado.



Já a Embraer Defesa e Segurança espera aproveitar a feira francesa para comercializar seus produtos, entre eles o Super Tucano. Segundo estimativa, o potencial de vendas nos próximos seis meses é de até 40 aviões turboélice de ataque leve - categoria em que se encaixa o avião. O Super Tucano tem valor entre US$ 9 a 15 milhões, dependendo de sua configuração e armamentos.




No entanto, como em todo céu de brigadeiro, sempre exitem algumas turbulências de céu claro... no caso da Embraer, essa turbulência se chama A320neo, uma vez que a ameaça de novos concorrentes da Embraer de Rússia, Japão e China na produção de jatos regionais não se fez presente na Paris Air Show.

Mesmo não sendo um competidor direto dos aviões da fabricante brasileira, parece ter sido o A320neo, da Airbus, aquele que mais provocou. Até o início da tarde de quarta-feira na França (manhã no Brasil), a fabricante europeia aparecia como vitoriosa no salão de aeronáutica que acontece esta semana no aeroporto de Le Bourget, como amplamente previsto, com pedidos de dezenas de bilhões de dólares anunciados, a maioria deles para o A320neo, versão do seu campeão de vendas A320.

O A320neo —embora não rivalize com os E-Jets da Embraer de 70 a 122 passageiros por ter maior porte— afeta a fabricante brasileira e toda a indústria, à medida que pode fazer com que companhias aéreas reavaliem seus planos de frota. O novo avião da Airbus promete economia relevante de combustível em um momento de preços do petróleo em alta. "O mercado está muito desafiador, com novos concorrentes, novos produtos. Até o A320neo acaba influenciando", afirmou à Reuters o vice-presidente de Aviação Comercial da Embraer, José Paulo de Souza e Silva, durante a feira.

A norte-americana JetBlue vai comprar 40 unidades do A320neo e otimizar o uso do Embraer 190, de 100 passageiros, com expectativa de operar 75 jatos brasileiros. A encomenda firme da JetBlue com a Embraer, fechada em 2003, é por 100 aeronaves e todas elas serão entregues, segundo a fabricante. O destino que será dado pela JetBlue aos cerca de 25 jatos Embraer 190 não utilizados é incerto. Normalmente, em casos assim, os jatos são repassados a outras empresas aéreas pelas próprias companhias que os compraram.

Outros potenciais operadores de jatos da Embraer que compraram aviões A320neo em Le Bourget são a colombiana Avianca e a indonésia Garuda. A última ainda tem planos de comprar 25 aviões regionais, com expectativa de escolha do fornecedor em três meses. A canadense Bombardier e a fabricante brasileira disputam esse contrato.



A russa Sukhoi e a japonesa Mitsubishi Aircraft apenas apresentaram atualizações de seus programas de aviões regionais nos primeiros dias da Paris Air Show, sem anunciar encomendas.

O SuperJet 100, da Sukhoi, entrou em operação neste mês com a companhia aérea russa Aeroflot, mas por enquanto só tem certificação para voos naquele país. A expectativa é conseguir aval de autoridades para voos na Europa no segundo semestre.



A Sukhoi espera anunciar vendas de seu jato comercial em agosto, durante a feira aérea de Moscou, e está negociando com empresas aéreas da Índia. O presidente-executivo da SuperJet International, responsável pelas vendas do SuperJet 100 na Europa e em outras regiões, Carlo Logli, admitiu que a entrada de um avião no mercado europeu é difícil, já que as companhias aéreas do continente são muito cautelosas com produtos novos. "Os europeus precisam ver o avião em operação (para comprá-lo)."

A Mitsubishi Aircraft informou que os primeiros voos do MRJ serão no ano que vem, com entregas começando a partir de 2014. Em dezembro de 2010, a empresa japonesa tinha mais de 100 encomendas por seu jato regional, que diz ser o mais silencioso no segmento.



Pouco se fez menção ao jato regional em desenvolvimento pela China, o ARJ-21, na feira em Le Bourget. O presidente-executivo da Embraer, Frederico Curado, disse à Reuters no último domingo que não vê muita ameaça do avião chinês, embora reconheça que ele tende a ter uma participação importante dentro daquele país.

Um pouco afastado dos E-Jets da Embraer e brigando por mercado mais diretamente com o A320 e o Boeing 737, a nova família de aviões CSeries da Bombardier, de 110 a 145 assentos, desapontou analistas depois que Qatar Airways anunciou que iria adiar sua decisão de compra.



Até agora em Le Bourget, a Bombardier fechou uma carta de intenções com a Koren Air Lines para compra de 10 unidades do CS300, com outras 20 opções e direitos de compra. Além disso, recebeu encomenda por 10 aeronaves CS100 de um cliente cujo nome não foi revelado. A Bombardier tem agora 113 pedidos firmes pelos aviões CSeries e seis clientes.

Paris Air Show 2011 continua com negociações em alta

O melhor do Paris Air Show deste ano está na briga extremamente acirrada por clientes e vendas. Claro que em uma feira de aviação o grande objetivo é esse, mas a de Paris deste ano está excepcionalmente interessante.



Todas as grandes fabricantes trabalharam duro na montagem de seus portifólios e exploração de novas tecnologias para a exposição. Em especial, Airbus e Boeing estão dando um show à parte do evento como um todo.

Até o momento, a grande "vencedora" dessa batalha não declarada é a Airbus, que concentra a maior parte dos pedidos no seu lançamento A320neo; modelo esse que têm dado muita dor de cabeça à Boeing, pois está roubando vários clientes do 737, como a Citilink, por exemplo.

Mas, a Boeing não fica muito atrás, pois apesar de estar perdendo território na faixa de aeronaves narrow-body, o setor de wide-body anda de vento em popa, com a entrega confirmada do 787 Dreamliner para agosto/setembro, e o lançamento do 747-8 Intercontinental, além de muitas encomendas para o já tradicional e de excelente desempenho 777-300ER, como a confirmação dos oito pedidos da Aeroflot.




A pressão causada pelo aumento no preço do petróleo, tem sim muita influência nas decisões das companhias aéreas neste momento. E, esse fator explica parte do tremendo sucesso do A320neo, que consome 15% menos combustível em relação ao modelo anterior. A outra parte do sucesso das vendas do A320neo, se deve ao fatode que o mercado espera por uma "reforma" nos aviões narrow-body há vários anos, além de todas as inovações tecnológicas prometidas pela Airbus(citadas aqui no blog em post's anteriores, como a cabine de avião transparente, a SPICE, e o ZHEST).



Somados todos os fatores promissores da Airbus, têm-se o resultado de 25,9 bilhões de dólares en encomendas somente na terça-feira. Para o dia de hoje, a Airbus espera que a indiana IndiGo anuncie a encomenda de 180 aeronaves A320neo, no valor de 18 bilhões de dólares. Some ainda que a JetBlue encomendou mais 40 A320neo e a LAN entrou com o pedido de mais 20 aeronaves do mesmo modelo, ou seja, sucesso de vendas!!!!

Enquanto isso, a Boeing já conta com 19 bilhões de dólares em vendas, que estão concentrados nos seus modelos mais recentes como o 787, o 747-8 e o 777-300ER. Nesse momento a Boeing sente as dores de ainda não ter decidido sobre o futuro de seu narrow-body 737, que aguardamos anciosos para saber se teremos um avião totalmente novo, ou se teremos um update na aeronave já existente. Essa indecisão toda da Boeing, refletiu diretamente nas encomendas de seu modelo mais tradicional.



No meio dessa briga toda, ainda aparecem a fabricante de turboélices ATR, a canadense Bombardier, a russa Sukhoi, a japonesa Mitsubishi Aircraft, e a brasileira EMBRAER são um capítulo à parte na feira. Sendo que o grande destaque fica por conta da ATR e da EMBRAER, que têm somado muitas encomendas nesses dias de Paris Air Show.

Leia o próximo post, que é especialmente feito sobre o desempenho da EMBRAER em Paris.

E assim termina uma novela na aviação...

A Rolls Royce acordou pagar 70 milhões de euros à Qantas pela explosão de um motor em pleno de um avião da companhia australiana, que obrigou a empresa a deixar em terra, para inspecção aprofundada, toda a sua frota de A380, o super-jumbo da Airbus.

A Qantas confirmou o valor do acordo, mas disse que as cláusulas são confidenciais. O porta-voz da Rolls Royce, David Mair, afirmou que a sua empresa "está satisfeita por este assunto ter sido resolvido" em consonância com um cliente valioso.

O caso teve origem em Novembro do ano passado, quando o motor de um A380 explodiu e destruiu parcialmente as asas do avião, com 466 pessoas a bordo, obrigando os pilotos a fazerem um pouso de emergência em Singapura. Um relatório preliminar do Departamento de Segurança do Transporte Aéreo da Austrália revelou que uma peça defeituosa do motor produzido pela Rolls Royce rompeu um tubo de óleo e que o líquido se infiltrou num dos quatro motores do avião, provocando a explosão.

O fabricante abriu a sua própria investigação aos propulsores Trent 900, usados nos A380 da Qantas, Lufthansa e Singapore Airlines.

21 de junho de 2011

Azul compra mais ATR's

A Azul Linhas Aéreas Brasileiras e a fabricante européia de turboélices ATR fecharam nesta terça-feira, durante a feira de avião Le Bourget, em Paris, novo contrato para tornar firmes 10 das 20 opções de compra do ATR 72-600. Em julho do ano passado, na Farnborough Airshow, em Londres, a companhia havia anunciado uma encomenda de 40 aeronaves, sendo 20 opções e 20 pedidos firmes.



O negócio, fechado por US$ 227 milhões, eleva para 30 unidades a frota total de ATR 72-600 a ser operada pela Azul. A entrega das primeiras aeronaves está prevista para outubro deste ano.



Os novos turboélices contarão com os mais modernos equipamentos, o que os torna referência na aviação regional: novos aviônicos com a mais recente geração de cockpit de vidro, interior reestilizado, cabine de desempenho do motor reforçada e maior carga útil.




A Azul tem hoje seis ATR 72-200 que atendem cidades do interior de São Paulo e Minas Gerais. A companhia escolheu este modelo por sua eficiência operacional para vôos de curtas distâncias, até 700 quilômetros. Existem atualmente cerca de 50 ATRs em operação no Brasil e 120 em toda a América Latina, continente que detém 20% do backlog atual da ATR.

EADS apresenta possível sucessor do Concorde

Poucos dias depois que a Airbus apresentou seu conceito futurista de avião, sua controladora, a EADS, apresentou o conceito de um avião hipersônico. Uma das fabricantes do jato supersônico Concorde, aposentado desde 2003, parece não ter desistido totalmente dos aviões ultrarápidos.

Na maior feira de aviação que ocorre nesta semana em Paris, a fabricante europeia EADS revelou o plano de criar o avião hipersônico Zhest, um modelo conceito que, se sair do papel, poderá cumprir a distância de voo entre São Paulo e Londres (cerca de 9.500 quilômetros) em duas horas e meia.

Essa é a mesma distância que separa Londres a Tóquio ou a capital japonesa a Los Angeles, voos que duram cerca de 11 horas.



Visto como um herdeiro do Concorde, o avião será impulsionado por uma mistura de hidrogênio e oxigênio, tornando-se virtualmente livre de emissões de poluentes. Zhest(Zero Emission High Speed Transport) é uma sigla, em tradução livre do inglês, de Transporte Hipersônico com Zero de Emissão.

O avião decolará de um aeroporto comum, levando entre 50 e 100 passageiros, usando turbinas comuns. Em uma segunda etapa da ascensão, serão ligados motores-foguetes, que levarão o ZEHST até 32 km de altitude.




Nesse ponto, onde as turbinas já estarão desligadas - o ar é rarefeito demais para que elas funcionem - e o motor-foguete já terá consumido o seu combustível, entrarão em ação motores estatojato, que manterão o avião acima de Mach 4, ou quatro vezes a velocidade do som.

A aproximação final do pouso será feita com o ZEHST planando, como fazem os ônibus espaciais. A uma determinada altitude as turbinas serão religadas para que o pouso seja feito de forma normal.

Nos planos da empresa, o Zhest só estaria comercialmente viável daqui a 40 anos, ou seja, em 2050. O avião comportaria 60 a 100 passageiros.

O Concorde acabou deixado de lado depois do fatídico – e único – acidente ocorrido em mais de 30 anos de história, após uma decolagem em julho de 2000 do aeroporto Charles de Gaulle, em Paris.




Como a aceleração máxima do avião não passará de 1,2 G, os passageiros não precisarão dos treinamentos exigidos por empresas como a Virgin Galactic - como a nave SpaceShip superará os 100 km de altitude, os viajantes estarão mais para astronautas do que para passageiros de avião.

Paris Air Show 2011, começa com tudo!!!!!


O setor da aviação civil voltou a decolar. No Salão Aeronáutico de Le Bourget, um dos mais importantes do calendário mundial, são esperadas encomendas recorde e propostas tecnológicas sem precedentes. Ironicamente, são os próprios fabricantes que poderão não conseguir dar resposta...



A velocidade sente-se em praticamente todos os segmentos de mercado: nos "narrow-body" (Boeing 737, Airbus A320), nos "wide-body" de longo curso (A350, B 787) e nos aparelhos de grande porte e alcance (A380, B747-8). Com novos modelos e um esforço pelo aumento da capacidade de produção, os fabricantes tentam dar resposta ao previsível crescimento de encomendas, fruto da decolagem que se começa a sentir na economia global e, acima de tudo, dos voos cada vez mais altos dos países emergentes.


O Salão Internacional de Aeronáutica de Le Bourget abriu ontem as suas portas, no aeroporto a norte de Paris, onde irá manter-se até ao próximo domingo. No total, são mais de duas mil as empresas do setor que ali expõem os seus produtos e serviços num evento que, até quinta-feira, não será aberto ao público. Até esse dia, só os profissionais têm entrada, num contexto que, como sempre acontece, costuma traduzir-se negócios com muitos zeros...



A rivalidade "A versus B" - entre a Airbus e a Boeing - domina, como sempre, as atenções, agora mais do que nunca, tendo em conta o desenvolvimento de novos modelos paras as classes com maior volume de vendas, os segmentos dos 737/A320 e dos A330/767 (neste caso com sucessores já conhecidos, os A350 e os 787).

O efeito multiplicador surge por via da grande apetência das companhias aéreas em aproveitarem, desde o início, o movimento de retoma da economia mundial, em especial nos mercados emergentes.

"É muito bom ver que, depois da maior crise económica desde a Grande Depressão, a indústria da aviação comercial está a despertar de novo", comenta, a propósito, o diretor da divisão de aviões comerciais da Boeing, Jim Albaugh.

Os especialistas do mercado consideram que esta retoma volta a colocar em foco os "narrow-body" (A320/ B737): "As encomendas para as famílias A320 e B737 encontram-se em níveis recorde", refere Paul Sheridan, da empresa de consultoria aeronáutica Ascend.


"Os dois fabricantes contam com mais de 4300 encomendas destes populares modelos, contra as cerca de 1200 registadas no final de 2002", sublinhou o mesmo responsável, considerando que, "ao ritmo atual de produção, será praticamente impossível encomendar um destes aparelhos para entrega antes de 2016".

Estes aparelhos de médio curso na categoria de 150 lugares voltam, assim, à ribalta da aviação civil. A família 737 (700/800/900) e A320 (318/319/320/321) dominam o transporte aéreo e, a partir de agora, também as encomendas das companhias. Mais ainda quando a Airbus está a fazer o lançamento do A320neo, uma nova geração que se destaca por alterações aerodinâmicas e, acima de tudo, por um tipo de motorizações inteiramente novas, capazes de reduzir o consumo de combustível em 15%. Mais do um simples "revamp" do modelo atual, o "neo" implicou operações de reengenharia orçadas em um milhão de euros, segundo especialistas da indústria.

A Scandinavian Airlines já terá colocado uma encomenda para 30 unidades, num negócio avaliado em 2,4 bilhões de dólares (1,7 bilhões de euros), enquanto a indiana IndiGo manifestou a intenção de comprar 180 aparelhos, o que traduz uma transação estimada em 16 bilhões de dólares (11 bilhões de euros). O recorde de maior compra numa única operação poderá acontecer, aliás, com o A320neo, caso se confirme a intenção da low cost malaia Air Asia de adquirir 200 aviões.

O A320neo parece, assim, renovar a dianteira face à Boeing, cujos planos para um novo 737 ainda se encontram, aparentemente, indefinidos. A companhia norte-americana disse, no passado domingo, que só no final do ano irá tomar a decisão quanto ao seu futuro "narrow-body", isto é, se fará uma modernização do aparelho existente ou se irá conceber um avião totalmente novo.

Confrontado com o A320neo, Jim Albaugh, responsável pela divisão de aviões comerciais da Boeing, afirmou que a sua companhia não reage a este tipo de pressões e que a intenção é conceber um avião que satisfaça as necessidades dos clientes nas próximas décadas, deixando assim em aberto a probabilidade de o futuro 737 ser um avião totalmente novo.

(787 chegando na Paris Air Show)

Outra das lutas fundamentais do sector da aviação civil encontra-se no segmento imediatamente acima, na classe dos "wide-body" de 250-300 passageiros. O confronto envolve os "suspeitos do costume", Airbus e Boeing, e, em ambos os casos, alterações de estratégia e muitos atrasos.

A proposta da Airbus reside no A350, o qual, mais do que um mero sucessor dos A330, tem a ambição de beliscar a concorrência da Boeing no segmento acima, preenchida pelo 777.

Para o fazer de forma mais convincente, o consórcio europeu anunciou o desenvolvimento do A350-1000, que se junta, assim, ao projecto inicial do A350-800 e A350-900. Esta versão será mais longa, estimando-se uma capacidade de até 400 passageiros, que compara com os 250 da variante -800.

Com motores desenvolvidos de raiz pela Rolls Royce, o A350 XWB implica alterações de design em toda a gama, o que fez, uma vez mais, atrasar os prazos de desenvolvimento. De acordo com a Airbus, o primeiro A350-800 está agora previsto para a segunda metade de 2016, enquanto o -1000 não deverá decolar antes do final de 2017.



Do lado da Boeing, o "stretching" do A350 está a produzir os seus efeitos, de tal forma que o fabricante dos EUA encara a possibilidade de produzir uma versão maior do seu 787 "Dreamliner", cuja primeira entrega deverá acontecer em Setembro.

Segundo Jim Albaugh, o 787-10 poderá começar a ser entregue em 2016, o que permitirá à Boeing competir com o A350-900 e roubar alguma fatia de clientes do maior A350-1000, que só estará pronto no ano seguinte. Esta oferta mais alargada do 787 é a estratégia inevitável do fabricante norte-americano para concorrer com a Airbus e defender o 777, modelo dos anos 90 que exerce domínio absoluto na classe imediatamente abaixo do "Jumbo" 747.

A Boeing tenta recuperar terreno perdido para a Airbus, que se manteve na liderança ano passado. Recorde-se que o fabricante europeu foi ganhando terreno à rival norte-americana desde que lançou a família de médio curso A320, concorrente do 737, e os A330, que introduziram uma proposta mais eficiente e moderna face aos 767 da Boeing.

Em 2010, a Airbus entregou 510 aeronaves, mais 48 que a Boeing. De acordo com dados compilados pela Bloomberg, o consórcio europeu também liderou em número de contratos, que representam 574 aeronaves, contra as 530 da Boeing.

No domínio da aviação regional, o desafio parece agora residir em obter sucesso com a difícil e arriscada decisão de subir de capacidade e de segmento de mercado. Tanto a Embraer como a Bombardier passaram a competir na classe dos 100-130 lugares, precisamente o terreno de eleição das famílias B737 e A320.

A Embraer usufrui já de uma relativa consolidação dos seus E190 e E195, que colocam a marca, pela primeira vez, acima da fasquia dos 100 lugares, com especial sucesso nos EUA. O grande salto registou-se, aliás, no Salão de Farnborough (que alterna com Le Bourget anualmente) de 2010, onde a empresa brasileira anunciou um total de 9 bilhões de dólares (6,2 bilhões de euros) em encomendas. Nesse sentido, os analistas não esperam grandes notícias para o salão francês.

Pelo contrário, a expectativa é grande em torno da Bombardier, que tem perdido terreno precisamente para a Embraer. A empresa canadense anunciou, este mês, ter conquistado dez encomendas para o seu novo C19, que compete com o E190/E195, e deverá anunciar mais negócios em Le Bourget, o que é considerado vital para a companhia, cujo programa CSeries tem suscitado cada vez mais dúvidas face ao seu arranque tímido.

Mas o Salão de Le Bourget, enquanto mostra de um dos sectores mais avançados do mundo, é, igualmente, palco para soluções de futuro. Para além da aposta e dos primeiros ensaios com biocombustíveis, as novas soluções de transporte também têm o seu espaço entre mais de dois mil expositores.

O consórcio EADS, proprietário da marca Airbus, conquistou as atenções desde as primeiras horas ao mostrar um projeto de avião supersónico, capaz de unir Paris e Tóquio em duas horas e meia, que compara com as 11 horas actuais. Batizado de ZEHST (Zero Emission HyperSonic Transport), voa ao dobro da velocidade do Concorde (quatro vezes a velocidade do som) e constitui uma plataforma de estudo para o uso de biocombustíveis e hidrogénio.



A Airbus definiu este protótipo com uma capacidade para entre 60 e 100 passageiros, em rotas de negócios. A companhia dá mesmo uma estimativa de preço da passagem aérea Paris-Nova Iorque "hipersónica": entre 6000 e 8000 euros. Só mesmo para quem o tempo é, de fato, dinheiro...

Além de todas as novidades, o salão também trouxe uma surpresa: O A380 que se exibiria no salão bateu em um prédio onde a Embraer, a fabricante brasileira, expõe seus aviões na Paris Air Show. Por causa disso, o avião original sofreu um pequeno dano na asa e teve de ser retirado da feira.

A Airbus foi obrigada a pedir emprestada uma aeronave do mesmo modelo que fabrica a um dos seus clientes, a Korean Air Lines. O avião será usado em voos de exibição durante a feira.



"Durante as manobras em solo com a aeronave Airbus A380, a asa direita tocou uma estrutura perto da pista de taxiamento no aeroporto de Le Bourget na tarde de domingo", disse a Airbus em um comunicado.