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5 de fevereiro de 2012

Série Uniformes: VARIG


A VARIG (acrônimo em português de Viação Aérea Rio Grandense) foi a primeira companhia aérea brasileira. Fundada no dia 7 de maio de 1927 em Porto Alegre (Rio Grande do Sul). A empresa, que era controlada pela Fundação Ruben Berta, atravessou um processo de recuperação judicial inédito no Brasil.

Entre as décadas de 50 e 70, a Varig era uma das maiores e mais conhecidas companhias aéreas do mundo, concorrendo até mesmo com a inigualável PanAm. A Empresa era conhecida pelo seu requintado serviço de bordo em todas as três classes. Nessa época a Varig operava rotas internacionais pra América,Europa,África e Ásia, no início com os Lockheed Constellation e Douglas DC-6, mais trade com os Boeing 707 e Sud Aviation Caravelle, e por fim com os Douglas DC-10 e Boeing 747.

Em 20 de julho de 2006, após ter entrado no processo de recuperação judicial, teve sua parte estrutural e financeiramente boa isolada e vendida para a VARIG Logística S.A. através da constituição da razão social VRG Linhas Aéreas S.A., a qual, em 9 de abril de 2007, foi cedida para a Gol Transportes Aéreos.

A VARIG nasceu em 7 de maio de 1927, em Porto Alegre, fundada pelo imigrante alemão Otto Ernst Meyer, em conjunto com diversas personalidades teuto-brasileiras do Rio Grande do Sul, como Alberto Bins, Artur Bromberg, Waldemar Bromberg, Emílio Gertum, Jorge Pfeiffer, Ernst Rotermund, Rudolph Ahrons. Era a companhia aérea mais antiga do Brasil, e uma das mais antigas do mundo.

Na década de 1940, a Varig operou seu primeiro vôo internacional, ligando Porto Alegre a Montevidéu, com a aeronave inglesa De Havilland DH-89 Dragon Rapide.
A partir de 1946 a Varig apresentou sua maior expansão de todos os tempos. Com o final da Segunda Guerra Mundial, as aeronaves eram encontradas a preços baixíssimos no mercado. Os tipos mais importantes que a Varig adquiriu nesse período foram os Douglas DC-3 e os Curtiss C-46. Os primeiros chegaram em 1946 e operaram até a década de 1970, sem sofrer qualquer acidente ou incidente considerado grave. Esses aviões permitiram a Varig se expandir rapidamente, chegando a operar rotas até para os remotos aeródromos do Nordeste. Essa frota tinha tendência a só aumentar ao passo que a Varig crescia e engolia empresas menores. Esses tipos inauguraram os voos para Buenos Aires.

Em 1955, chegaram os primeiros Lockheed Constellation, e com eles a Varig inaugurou a sua rota mais prestigiosa, que ligava Porto Alegre a Nova Iorque com escalas São Paulo,Rio de Janeiro, Belém e Ciudad Trujillo(hoje Santo Domingo). Esses aviões ficaram conhecidos pelo seu luxo e sofisticação a bordo, o que tornava a Varig concorrente a altura até mesmo da PanAm, que mais tarde viria a colocar o primeiro jato nas rotas para o Brasil. Os Constellation operaram até a década de 1960, substituídos pelos Boeing 707.

Em 1959, a Varig trouxe os primeiro jato Brasileiro, o Sud Aviation Caravelle, matriculado PP-VJC,e mais tarde receberia mais dois do tipo. Esse jatos foram logo empregados nas rotas para Nova Iorque. Mas a passagem desses aviões foi curta na Varig, pois em 1960, a Varig trouxe o primeiro Boeing 707, que logo assumiram as rotas mais prestigiadas da empresa como Nova Iorque, Paris, Tóquio, Londres etc. A frota de 707 cresceu e ao final da vida desse avião na empresa, 20 707 chegaram a ser operados tanto como cargueiros quanto aeronaves comercias de passageiros. No entanto, os índices de segurança desses aviões não eram dos melhores. nada menos que 7 aeronaves foram perdidas em diversos acidentes e incidentes a maioria deles com vítimas fatais. Os 707 operaram até o final da década de 1980, quando já estavam sendo substituídos pelo Douglas DC-10.

Em 1965, a Panair do Brasil foi absolvida pelo governo ditatorial brasileiro, mas por motivos até hoje desconhecidos, as aeronaves e rotas da Panair foram colocadas nas mãos da Varig, o que permitiu o início das rotas para a Europa, que já eram operadas pela Panair. Além disso a varig incorporou dois Douglas DC-8 que a Panair utilizava em seus vôos para a Europa. Isso levou a Varig ser a única empresa aérea do mundo a operar os três jatos americanos concorrentes (Boeing 707, Convair 990 e Douglas DC-8)
Enquanto isso, no mercado Doméstico, a Varig investia pesado em novos aviões para substituir os já ultrapassados DC-3.A Varig tinha monopólio praticamente total das rotas internacionais, mas perdia espaço no mercado doméstico para as concorrentes VASP e Transbrasil. Em 1962, iniciou a carreira de um dos aviões mais memoráveis da história do Brasil, o Lockheed L-188 Electra.

Ele foi empregado pela Varig nas rotas da Ponte aérea Rio-São Paulo, a qual operou com sucesso entre os pilotos e passageiros até 1991. Alguns Electra operaram até como cargueiros puros, e outros chegaram a fazer ligações,com escalas, entre Rio de Janeiro e Nova Iorque e também Lisboa. Isso sem sofrer qualquer incidente sério. A Varig também encomendou outros aviões para operar suas rotas domésticas em substituição aos DC-3. Entre eles estão os Hawker-Siddeley HS-748 "AVRO"(em 1967) e 4 Fairchild Hiller FH-227B da extinta Paraense (em 1970).

A década de 1970, por diversos motivos foi a melhor fase da história da Varig. Marcada por diversos reconhecimentos e expansões. messe período, o presidente Hélio Smidt investiu pesado no serviço de bordo e em novas rotas e aeronaves. Esses investimentos levaram a varig ao topo. Ela foi reconhecida mundialmente pela qualidade do seu serviço de bordo e foi uma das maiores do mundo, chegando a concorrer diretamente com empresas renomadas como Lufthansa, Air France, KLM e a implacável PanAm. O catering da empresa era seu grande diferencial. Ela chagava a servir caviar na primeira classe, e em alguns vôos o jantar tinha churrasco no espeto. O crescimento da empresa foi completado por novos e mais modernos aviões e novas rotas no mercado europeu, com saídas do Recém inaugurado novo terminal do Aeroporto do Galeão.

A verdadeira expansão da Varig no mercado doméstico se iniciou em no final de 1970, quando a empresa trouxe o primeiro Boeing 727. Os jatos 727 não foram só usados só em rotas domésticas, mas também foram colocados nos serviços para a América Latina e também para Miami e Cabo verde. No fim da carreira, quando esses aviões já estavam ultrapassados, alguns foram convertidos a cargueiros e foram repassados a Varig Log.

Vendo o sucesso que a VASP fez com seus novos Boeing 737, a Varig resolveu fazer o mesmo e trouxe 10 Boeing 737-200 entre 1974 e 1975. Esse sem dúvida foi um dos principais aviões da Varig. Ele iniciou o processo de substituição dos turbo-hélices nas rotas domésticas. Além disso, foi o primeiro jato pilotado por muitos dos pilotos que mais tarde viriam a voar em Boeing 747 e MD-11. Ao final da década de 70, a Frota doméstica da Varig era composta por mais de 70% de jatos, o que proporcionou o início de vôos ligando o Norte e o Sul do Brasil com muito menos escalas do que se operados por aviões a hélice. Operações como Rio-Manaus e Rio-Belém que eram apenas operadas como escalas de vôos internacionais foram iniciadas por esses jatos.

Em 1981, a Varig começou uma pesada expansão, com a chegada dos primeiros Boeing 747-200. Primeiramente foram 3 jatos que foram empregados nas rotas para Nova Iorque, Paris, Londres e Roma. Devido a essa pesada expansão da Varig e a vinda de outras empresas estrangeiras para o Brasil, o Galeão, principal Aeroporto Internacional Brasileiro, e de onde partiam praticamente todos os vôos internacionais, com raríssimas exceções, estava operando acima do seu limite operacional. O novo terminal 2, só ficaria pronto na década de 1990.

Porém, já prevendo essa situação, o governo brasileiro iniciou a construção do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, que apesar de maior cidade e centro econômico do país, contava apenas com o pequeno e restrito Aeroporto de Congonhas, que não tinha capacidade para operar vôos de longo curso.

O Aeroporto ficou pronto em 1986, e foi inaugurado por um 747 da Varig procedente de Nova Iorque. Imediatamente, muitas companhias brasileiras e estrangeiras, transferiram grande parte de suas operações do Galeão para Guarulhos. A Varig, teve a mesma jogada mas de um jeito diferente. Os vôos internacionais tinham origem e destino no Rio, mas antes de procederem para seu destino final, havia uma parada em Guarulhos, local onde havia maior fluxo de passageiros, o que desafogou muito o galeão.

Em 1987 a Varig recebeu o primeiro Boeing 737-300 e iniciou o processo de modernização da frota doméstica. A Varig viu nele a aeronave ideal para tal renovação, pois o avião tinha consumo bem mais baixo que os atuais 737-200 e 727. Ele substituiu o Electra na ponte aérea, e foi o responsável pelo apelido dado as 737-200 após sua chegada: "Breguinha". A substituição dos Boeing 737-200 terminou em 2003 quando o último foi desativado.

A Varig também buscava um substituto para os DC-10 que já haviam enfrentado problemas antes e agora estavam antiquados em relação aos 767-200 e os 747-300. Foi aí que a McDonnell Douglas lançou o MD-11, o substituto do DC-10. O novo avião, que contava com nova tecnologia, cabine digital, maior autonomia e capacidade tanto de passageiros e de carga foi visto pela Varig como o avião ideal para suas rotas. No geral o avião foi um fracasso e muitas companhias reclamaram do seu desempenho, mas na Varig isso não aconteceu.

Os dois primeiros chegaram em 1992, e foram colocados nas rotas de São Paulo para Paris, e de lá seguindo para Amsterdam,Zurique ou Roma, de acordo com os dias da semana. A Varig ficou muito satisfeita com o MD-11, e ele foi gradativamente substituindo o 747 e o DC-10 que foram aposentados em 2000 e 1999 respectivamente. Em 1998 A Varig utilizava seus MD-11 nas rotas para Amsterdam, Bangcoc, Buenos Aires, Frankfurt, Hong Kong, Joanesburgo, Londres, Milão, Nova Iorque, Paris e Roma. Os MD-11 serviram a companhia até a falência, em 2006. No total foram 26 aeronaves. Nenhuma empresa aérea utilizou tantos MD-11 na versão de passageiros como a Varig.

Em Novembro de 2001, a Varig recebeu o primeiro de uma encomenda de três Boeing 777-200ER. As novas aeronaves tinham a mais nova tecnologia em vôo e contavam com um sistema de entretenimento individual, no qual o passageiro pode escolher o que quer assistir em uma tela individual na própria poltrona. Esse tipo de sistema não existia em nenhum outro avião da Varig. A varig veio a receber mais Boeing 777-200 em 2004, mas estes, ja eram usados, provenientes da United Airlines e British Airways.

Apesar de todas as inovações, a Varig não estava nada bem. A diretoria não tomava qualquer atitude para evitar a crise e reduzir as dívidas da empresa. Além disso, a Varig vinha perdendo muito espaço no mercado doméstico mediante ao crescimento implacável da TAM e a Gol, que adotou o modelo low-cost e conquistou o público brasileiro, com suas passagens baratas. A Rio sul e a Nordeste também vinham perdendo espaço no mercado regional frente as concorrentes TRIP e TOTAL.

O mercado aéreo brasileiro estava sofrendo pesadas perdas. o Governo Lula, tinha uma dívida de mais de 4 bilhões de Reais com o Grupo Varig. mas em vez de pagar a dívida, tentou promover uma fusão entre Varig e TAM, em 2003. Apesar das primeiras providências serem tomadas para a fusão, o projeto fracassou.

Em 2004, a Varig recebeu o último tipo de avião da sua história. Foram encomendados quatro Boeing 757-200 ex-Iberia para serem utilizados nas rotas-tronco domésticas e América do Sul.

Nesses anos todos de sua existência, a VARIG utilizou em seus colaboradores uniformes clássicos e funcionais. Até 2007, sempre nas cores azul e branco, o uniforme da Varig é inconfundível e marcou a época de glamour e sonhos na aviação.

O uniforme da Varig conseguiu atingir seu objetivo, em todas as suas edições, de transmitir ao cliente a imagem de uma companhia aérea sólida, eficiente, versátil e elegante.

Ocimar Versolato é o estilista que assina o design dos uniformes no final da década de 90, sendo responsável pela combinação do clássico da Varig às cores da bandeira brasileira.

Seja em que uniforme for, os funcionários da Varig sempre brilharão em nossas memórias.

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