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2 de março de 2011

TAM anuncia crescimento de frota e algumas coisinhas mais...

A TAM anunciou ontem uma encomenda de 34 novos aviões, que devem começar a ser entregues em 2014. O valor do negócio é estimado em US$ 3,2 bilhões. Serão 32 aviões da Airbus - da família A320 (sendo que 22 aeronaves serão do modelo renovado do A320, o A320neo) - e dois da Boeing (777-300ER). Segundo a empresa, o investimento leva em conta estimativas de que a demanda do setor continuará aquecida nos próximos 20 anos, com um crescimento médio de 9% ao ano.

De acordo com a TAM, os novos aviões serão usados para expandir e também renovar sua frota. A empresa informou que prevê chegar ao final de 2015 com 182 aviões em operação, mas não detalhou qual será o volume para os anos seguintes. A empresa fechou 2010 com uma frota de 151 aviões e deve elevar o número para 156 aviões ainda neste ano. No fim do ano passado, a rival Gol também havia anunciado uma encomenda de 30 aviões da Boeing, em um acordo de US$ 2,7 bilhões.

O presidente da TAM, Líbano Barroso, disse que a empresa tem flexibilidade para rever seu plano de frota caso o crescimento estimado para a demanda não se realize. "Temos uma projeção líquida da frota, consideramos a entrada e saída de aeronaves. Como somos clientes preferenciais da Airbus e da Boeing, podemos antecipar ou postergar os leasings existentes", afirmou, durante teleconferência com analistas.



Segundo o presidente da holding TAM, Marco Antonio Bologna, esse aumento da frota independe do anúncio de fusão com a chilena LAN. Ele lembrou ainda que, além das autoridades regulatórias, a fusão entre as duas companhias depende da concordância dos acionistas não controladores da empresa brasileira, uma vez que o capital da companhia será fechado e suas ações deixarão de ser negociadas na Bolsa brasileira.

O aumento das tarifas aeroportuárias, previstas para este mês, deverá ter um impacto entre R$ 45 milhões e R$ 50 milhões para a TAM no prazo de 12 meses, segundo estimativa feita por Líbano Barroso. As novas tarifas entram em vigor no próximo dia 14 de março.

A medida da Infraero pretende deslocar parte dos voos para horários que não sejam de pico. Apesar da perspectiva de aumento nessa linha de custos, o executivo ressaltou, no entanto, que a empresa está focada em reduzir suas despesas, seja pela melhora de eficiência das operações, seja em corte de gastos.

Dentro dessa linha, a empresa também anunciou ontem que espera ampliar em meia hora o uso diário dos seus aviões. No quarto trimestre, a média diária de uso foi de 13,1 horas, uma alta de 8,3% em relação ao mesmo período de 2009. Ao longo de todo o ano passado, a média foi de 12,9 horas, 3,2% acima de 2009.

Segundo Barroso, o uso dos aviões por mais horas será uma das estratégias para atingir a meta de redução de 5% nas despesas operacionais. Para 2010, a TAM esperava uma redução de 6% nos custos operacionais assento-quilômetro voado, excluindo os combustíveis, mas registrou de fato uma redução de 2,9%.




A empresa aérea registrou um lucro líquido de R$ 637,4 milhões em 2010, queda de 48,9% em relação a 2009. Obteve lucro operacional (EBIT) de R$ 977 milhões do ano de 2010, com aumento de 365,5% em relação a 2009, e equivalente à margem operacional de 8,6%. A receita operacional bruta foi de R$ 11,8 bilhões e cresceu 16,4% na mesma comparação.

“Além do bom desempenho nos campos econômico-financeiro e operacional, 2010 foi um ano de grandes conquistas para nossa companhia, que enfrentou e superou desafios. Graças ao empenho de nossos 28 mil funcionários, construímos os alicerces para um novo período de crescimento”, afirma o presidente da holding TAM S.A. Marco Antonio Bologna.

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