TAM e TRIP além de um simples codeshare

A TAM, maior companhia aérea do Brasil, informou ontem que mantém conversas com a regional Trip Linhas Aéreas para uma eventual associação.

As duas empresas são parceiras desde maio de 2004, quando firmaram um acordo de compartilhamento de voos (codeshare).

"Visando ao aprimoramento do acordo de codeshare existente e a identificação de possíveis oportunidades para fortalecimento e expansão de seus negócios, as referidas companhias mantêm tratativas, que não vinculam ou obrigam qualquer das partes", diz a TAM, em comunicado ao mercado. A TAM afirma que a Trip adotará em maio um sistema que permitirá vendas ilimitadas de assentos nos voos da TAM e vice-versa. Hoje, as companhias só podem vender 15 bilhetes compartilhados. Em nota, a TAM afirma que o acordo de codeshre será ampliado entre as companhias, e, com isso, a TAM passará a poder vender os voos operados pela TRIP para Bonito (MS), Lençóis (BA), Petrolina (PE), Campo Grande (MS) e Salvador(BA).



Com isso, a abrangência da malha aérea da TAM passa a atender 82 destinos no Brasil., seja com voos próprios ou por meio de acordo com companhias regionais - afirma o vice-presidente Comercial e de Planejamento da TAM, Paulo Castello Branco. O acordo permite que os clientes sejam beneficiados com a simplificação de reservas de voos, conexões convenientes em um único bilhete aéreo e despachos de bagagens até o destino final.



Juntas, TAM e Pantanal têm 43,35% do mercado doméstico. A Trip, segundo a ANAC, transporta 2,51% dos passageiros em voos dentro do Brasil. A maior preocupação deve ser em relação à concorrência no mercado de aviação regional, onde atuam a Trip e a Pantanal.

Para a Trip, a grande vantagem de uma associação está na possibilidade de se capitalizar exatamente no momento em que as suas principais concorrentes, Webjet e Azul, planejam abrir o capital. A Webjet já protocolou seu registro na CVM e a Azul admite a intenção de ir à Bolsa.



Para o Grupo Latam a lógica seria criar um novo braço de expansão no Brasil, principalmente em cidades médias cuja economia cresce em ritmo superior ao PIB, enquanto se ocupa, em outra frente, da expansão global. Anunciado em 2010, o acordo de fusão entre TAM e LAN deve criar uma gigante com receita combinada de US$ 8,4 bilhões, operações em mais de 20 países e cerca de 40 mil funcionários