A assessoria de imprensa da Infraero não informou quais companhias operam os voos cancelados, mas as rotas são feitas pela Gol, TAM e Aerolíneas Argentinas. A Gol mantem os voos para Buenos Aires nos paineis da Infraero em Guarulhos, porém a cidade já foi atingida por uma nuvem de cinzas, provocando uma paralisação nos aeroportos locais.
Também houve atrasos e cancelamentos de voos no aeroporto local de Buenos Aires, no Aeroparque. O aeroporto da cidade argentina de Bariloche, permanecia fechado por falta de visibilidade. O principal centro de esqui da América do Sul e nas proximidades estavam cobertos de cinza.
Estradas tiveram trânsito interrompido, incluindo uma importante passagem na fronteira entre Chile e Argentina, além da rodovia Cardenal Samore, fechada por causa da escassa visibilidade e do acúmulo de cinzas.
Autoridades alertaram que no momento não há motivo para maiores preocupação, mas recomendaram que moradores de Buenos Aires deixem os reservatórios de água cobertos.
A medida teve por objetivo garantir a segurança dos clientes e da tripulação. Segundo o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), as nuvens vulcânicas apresentam em seu componente material semelhante ao vidro que, em contato com as turbinas, pode derreter e provocar danos, até o apagamento dos motores das aeronaves.
Ainda conforme a nota divulgada pela TAM, a previsão é de que os voos operem normalmente nos aeroportos de Buenos Aires, na Argentina, Assunção e Ciudad del Este, no Paraguai, Santiago, no Chile, e Foz do Iguaçu, no Paraná. A empresa deve programar voos extras para transportar os clientes afetados pelos cancelamentos desta terça o mais rápido possível.
De acordo com a assessoria da empresa GOL, não há definições sobre novos cancelamentos nesta quarta-feira, pois a situação na maioria dos terminais tende a se normalizar.
Os aeroportos de Buenos Aires voltaram a operar no final da tarde desta terça-feira(07/06), após terem sido superadas as más condições provocadas pela nuvem de cinzas do vulcão chileno Puyehue, informou a Aviação Civil do país. "O aeroporto de Ezeiza e o Aeroparque Jorge Newbery se encontram abertos e operantes. Em Ezeiza já estão reprogramados vários voos ao exterior", disse a Administração Nacional da Aviação Civil (ANAC) em sua página na web.
As empresas locais Aerolíneas Argentinas e Austral informaram que "tendo em vista o melhoramento das condições meteorológicas pela dispersão da nuvem vulcânica e por se encontrarem plenamente garantidas as condições de segurança, serão retomadas paulatinamente as operações".
Segundo o Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), órgão do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), a camada de fumaça está concentrada na faixa de 5.200 a 7.600 metros de altitude.
“No momento, as nuvens afetam uma pequena porção do espaço aéreo brasileiro próximo a fronteira com o Uruguai”, informou o major Antonio Marcio Ferreira Crespo, gerente nacional do fluxo de tráfego aéreo.
Segundo ele, há previsão de modificação de rotas e destinos de forma que as aeronaves não pousem em aeroportos impactados pelas nuvens. Até a tarde desta terça, no entanto, o maior impacto nos aeroportos brasileiros está, segundo o major, “muito mais relacionado a problemas meteorológicos do que propriamente em relação a nuvens vulcânicas”.
“Não existe possibilidade de essa nuvem impactar o aeroporto de Porto Alegre, salvo em acontecendo alguma modificação muito significativa no comportamento de uma frente fria que está vindo da região Sul e poderia causar algum impacto, mas no momento a previsão não denota impacto em Porto Alegre”, afirmou.
Os dados mais recentes foram apresentados nesta tarde, segundo a FAB, no Rio de Janeiro, a representantes de empresas aéreas, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).
O centro informou que acompanha a evolução da nuvem por meio de informações trocadas com o Volcanic Ash Advisory Centres da Argentina, instituto responsável pelo monitoramento da situação. O CGNA monitora a mudança de destinos das aeronave e os desvios necessários para que os voos não atravessem a área de risco.
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