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8 de junho de 2011

Vulcão chileno dá show de imagens e já atrapalha operações no Brasil

Depois que cancelou voos na Argentina, a nuvem cinzas do vulcão chileno Puyehue-Cordón Caulle já começa a afetar voos que partiriam do Brasil para quatro países. Os passageiros no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, foram informados pela companhia aérea TAM que todas as partidas com destino a Buenos Aires, Montevidéu, Foz do Iguaçu, Lima e Santiago estão canceladas. A empresa ainda não tem informações sobre voos partindo de outras cidades brasileiras para estes destinos, contudo, a Infraero confirma que pelo menos cinco partidas do Rio para Buenos Aires já foram canceladas.



A assessoria de imprensa da Infraero não informou quais companhias operam os voos cancelados, mas as rotas são feitas pela Gol, TAM e Aerolíneas Argentinas. A Gol mantem os voos para Buenos Aires nos paineis da Infraero em Guarulhos, porém a cidade já foi atingida por uma nuvem de cinzas, provocando uma paralisação nos aeroportos locais.

Também houve atrasos e cancelamentos de voos no aeroporto local de Buenos Aires, no Aeroparque. O aeroporto da cidade argentina de Bariloche, permanecia fechado por falta de visibilidade. O principal centro de esqui da América do Sul e nas proximidades estavam cobertos de cinza.

Estradas tiveram trânsito interrompido, incluindo uma importante passagem na fronteira entre Chile e Argentina, além da rodovia Cardenal Samore, fechada por causa da escassa visibilidade e do acúmulo de cinzas.



Autoridades alertaram que no momento não há motivo para maiores preocupação, mas recomendaram que moradores de Buenos Aires deixem os reservatórios de água cobertos.

A medida teve por objetivo garantir a segurança dos clientes e da tripulação. Segundo o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), as nuvens vulcânicas apresentam em seu componente material semelhante ao vidro que, em contato com as turbinas, pode derreter e provocar danos, até o apagamento dos motores das aeronaves.

Ainda conforme a nota divulgada pela TAM, a previsão é de que os voos operem normalmente nos aeroportos de Buenos Aires, na Argentina, Assunção e Ciudad del Este, no Paraguai, Santiago, no Chile, e Foz do Iguaçu, no Paraná. A empresa deve programar voos extras para transportar os clientes afetados pelos cancelamentos desta terça o mais rápido possível.



De acordo com a assessoria da empresa GOL, não há definições sobre novos cancelamentos nesta quarta-feira, pois a situação na maioria dos terminais tende a se normalizar.

Os aeroportos de Buenos Aires voltaram a operar no final da tarde desta terça-feira(07/06), após terem sido superadas as más condições provocadas pela nuvem de cinzas do vulcão chileno Puyehue, informou a Aviação Civil do país. "O aeroporto de Ezeiza e o Aeroparque Jorge Newbery se encontram abertos e operantes. Em Ezeiza já estão reprogramados vários voos ao exterior", disse a Administração Nacional da Aviação Civil (ANAC) em sua página na web.



As empresas locais Aerolíneas Argentinas e Austral informaram que "tendo em vista o melhoramento das condições meteorológicas pela dispersão da nuvem vulcânica e por se encontrarem plenamente garantidas as condições de segurança, serão retomadas paulatinamente as operações".

Segundo o Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), órgão do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), a camada de fumaça está concentrada na faixa de 5.200 a 7.600 metros de altitude.



“No momento, as nuvens afetam uma pequena porção do espaço aéreo brasileiro próximo a fronteira com o Uruguai”, informou o major Antonio Marcio Ferreira Crespo, gerente nacional do fluxo de tráfego aéreo.

Segundo ele, há previsão de modificação de rotas e destinos de forma que as aeronaves não pousem em aeroportos impactados pelas nuvens. Até a tarde desta terça, no entanto, o maior impacto nos aeroportos brasileiros está, segundo o major, “muito mais relacionado a problemas meteorológicos do que propriamente em relação a nuvens vulcânicas”.

“Não existe possibilidade de essa nuvem impactar o aeroporto de Porto Alegre, salvo em acontecendo alguma modificação muito significativa no comportamento de uma frente fria que está vindo da região Sul e poderia causar algum impacto, mas no momento a previsão não denota impacto em Porto Alegre”, afirmou.

Os dados mais recentes foram apresentados nesta tarde, segundo a FAB, no Rio de Janeiro, a representantes de empresas aéreas, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

O centro informou que acompanha a evolução da nuvem por meio de informações trocadas com o Volcanic Ash Advisory Centres da Argentina, instituto responsável pelo monitoramento da situação. O CGNA monitora a mudança de destinos das aeronave e os desvios necessários para que os voos não atravessem a área de risco.

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