A China condicionou a assinatura de contratos com a Airbus a uma isenção da taxa sobre a emissão de CO2 que a União Europeia (UE) imporá às companhias chinesas, informaram nesta segunda-feira fontes industriais em Berlim.
O conflito sobre a taxa de emissões de CO2 "será objeto de discussões na terça-feira" durante as primeiras consultas governamentais sino-alemãs em Berlim, declarou um responsável da indústria aeronáutica.
A chanceler alemã, Angela Merkel, recebe o primeiro-ministro Wen Joabao e uma importante delegação com a esperança de assinar contratos interessantes, sobretudo em aeronáutica, afirmou um responsável alemão que pediu para não ser identificado.
O jornal de negócios Handelsblatt informou nesta sexta-feira que, para exercer pressão sobre a UE, Pequim bloqueava a assinatura de um pedido de dez A380, por um valor de 4 bilhões de euros a preço de catálogo, que devia ser anunciada pela companhia chinesa Hong Kong Airlines.
A partir de 1º de janeiro de 2012, serão atribuídas cotas de emissões de CO2 às companhias aéreas que aterrissarem ou decolarem na Europa. Inicialmente, será em função de seu consumo médio de combustível entre os anos 2004 e 2006.
As companhias chinesas estimam que a taxa poderá custar 800 milhões de iuanes (87 milhões de euros) por ano desde 2012 e subir para 3 bilhões de iuanes em 2020, segundo o jornal Notícias de Pequim.
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