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15 de maio de 2011

GOL corta custos

O aumento nos preços do petróleo nos últimos meses está fazendo com que as companhias aéreas passem por um processo de adaptação de custos. Para compensar a elevação de gastos com combustíveis por conta disso, a Gol está tomando diversas medidas para reduzir custos em outras áreas da companhia.

Uma dessas medidas foi o fechamento, no primeiro trimestre, de 1.100 postos de trabalho, o que possibilitará a economia de R$ 45 milhões para a aérea. De acordo com Leonardo Pereira, vice-presidente de Finanças da Gol, entre 200 e 250 funcionários foram demitidos em fevereiro e março, após indicações da consultoria Gradus, contratada pela companhia para reorganizar seu orçamento.

As outras vagas fechadas, segundo Pereira, correspondem a postos que estavam vagos e não foram reocupados.

A Gol também decidiu devolver antecipadamente duas aeronaves Boeing 767, gerando uma redução de despesas operacionais da ordem de R$ 20 milhões ao ano, a partir do segundo semestre de 2011.

Além disso, a companhia aérea decidiu descontinuar rotas que não geram retorno financeiro, como a entre São Paulo e Bogotá. "Estamos menos tolerantes em ter rotas que não estejam gerando retorno", afirma Pereira. "Também vamos voar mais e eliminar a improdutividade de aviões."

A companhia aérea divulgou na noite de terça-feira que registrou lucro líquido de R$ 110,5 milhões no primeiro trimestre, crescimento de 362% na comparação com o mesmo período de 2010, puxado pela demanda recorde de passageiros. No mesmo intervalo, as despesas com combustíveis cresceram 21,4%.

"O mercado continua extremamente positivo, temos curva de demanda extremamente forte. A questão do aumento de combustíveis é uma realidade, a indústria vai passar por uma adaptação, mas mesmo assim os resultados da Gol estão muito bons", diz Pereira.

Além de tentar compensar o aumento de custos em outras áreas, a Gol também está revendo sua política hedge (proteção) contra as oscilações do preço do petróleo. O percentual dos gastos com combustíveis cobertos para 2011 subiu de 20% para 40% em abril e, segundo Pereira, pode chegar a 60% se for necessário.

De acordo com o balanço da companhia, as operações de hedge de consumo de combustível são feitas por meio de contratos de derivativos de petróleo cru (WTI) e representaram perdas de R$ 4,4 milhões no trimestre.

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