"A equipe de investigação localizou e identificou o módulo de memória do gravador de parâmetros, Flight Data Recorder (FDR), às 10h GMT (07h de Brasília) deste domingo. Ele foi recuperado (...) às 16h40 GMT (13h40 de Brasília)", segundo o comunicado do BEA. "A caixa-preta parece estar em bom estado físico. Nossos especialistas nos dizem que podemos conseguir ler esses dados", afirmou o diretor do BEA, Jean-Paul Troadec.
No entanto, Troadec disse que, no momento, é difícil saber se houve corrosão. "Se esses dados puderem ser analisados, isso vai permitir que a investigação avance porque o FDR registra a altitude, a velocidade, as diferentes posições do leme".
O módulo foi mantido imerso na água. Ele deve ser levado ao BEA, onde será limpo. "Deverá estar em nossos escritórios dentro de 8 a 10 dias, tempo que um navio da Marinha Nacional levará para buscá-lo e levá-lo a nós", disse. O objetivo agora é recuperar a segunda caixa-preta da aeronave , que registra as conversas dentro da cabine, para que o navio da Marinha leve os dois gravadores juntos.
Os investigadores haviam anunciado na quarta-feira a descoberta do chassi da caixa-preta, mas sem o módulo de memória contendo os valiosos dados do voo que poderão permitir que a tragédia seja explicada. O módulo provavelmente se soltou do chassi no momento do impacto com a água. O BEA havia anunciado no início de abril a localização dos destroços da aeronave antes de lançar na semana passada a fase de recuperação.
O BEA afirma ainda que uma falha nas sondas (sensores de velocidade) Pitot do fabricante francês Thales foi um dos fatores do acidente, mas considera que só terá a explicação definitiva da tragédia com as caixas-pretas.
O Brasil está participando da investigação, e o coronel da Aeronáutica Luís Cláudio Lupoli está a bordo do navio do BEA em alto mar acompanhando o trabalho com a caixa-preta. Segundo Lupoli, o trabalho está ocorrendo com "transparência". “O Cenipa não está apenas acompanhando a investigação mas também participando de todo o processo e tem ciência de todos os documentos elaborados internamente pelo BEA sobre o ocorrido”, disse Lupoli
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