O inevitável aumento do tráfego aéreo e as falhas na infraestrutura dos aeroportos do Estado do Rio de Janeiro foram os principais temas abordados na primeira reunião ordinária da Comissão Especial da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) que acompanha o processo de revitalização da prestação de serviços públicos de transporte aéreo nos aeroportos fluminenses.
O encontro, realizado nesta quarta-feira (25/04), na sala 311 do Palácio Tiradentes, contou com a presença de representantes de empresas, que explicaram a atual situação da indústria aeroviária.
“Quero ressaltar que a explicação dos fatores de funcionamento é fundamental para permear o trabalho de nossa comissão”, frisou o presidente do colegiado, deputado Samuquinha (PR).
O diretor técnico do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), Ronald Jenkins, explicou, por meio de uma apresentação em slides, a atual situação das empresas aéreas e dos aeroportos do Rio, além de citar um grande aumento no número de usuários de transportes aeroviários. “O aumento das frotas aéreas de pequeno porte no Sudeste é evidente e isto ocorre, principalmente, pela maior utilização de transportes aéreos pelas classes C e D, que, atualmente, trocaram as viagens de ônibus pelas de avião. É fato que, enquanto o número de aeronaves disponíveis dobra de dez em dez anos, o de passageiros dobra de sete em sete meses”, contou o diretor.
Outro fato abordado com destaque durante a reunião foi a atual situação do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, o Galeão, que, segundo Jenkins, tem falhas estruturais, mas é o único aeroporto do País avaliado positivamente por analistas internacionais. “O Galeão possui algumas falhas sérias em sua infraestrutura que são corrigíveis. Elas vão desde um número baixo de aparelhos de raio-X e falhas nos sistemas de áudio e de comunicação com o passageiro na sala de espera até a pouca estrutura para o trabalhador do aeroporto, como banheiros ou salas de descanso”, pontuou o diretor, frisando que, “apesar destas situações, o Galeão é o único aeroporto do Brasil que se encontra acima da média internacional de atendimentos aeroportuários”.
A apresentação do diretor do SNEA foi reforçada por representantes da Gol Linhas Aéreas e da Trip, que se colocaram à disposição para contribuir com os trabalhos da comissão. Ao final do encontro, Samuquinha garantiu analisar os problemas expostos e convidar representantes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) para uma nova reunião.
“Após a esclarecedora apresentação de Ronald Jenkins, a comissão se sente preparada para buscar novas opiniões, principalmente dos órgãos que são responsáveis pela gerência dos aeroportos e transportes aeroviários do estado”, concluiu o parlamentar.
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