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4 de março de 2012

Infraero diz que pelo menos 6 capitais necessitam de novos aeroportos

O presidente da Infraero, Gustavo do Vale, disse que pelo menos seis capitais do país vão precisar de novos aeroportos em operação nos próximos dez anos.

Segundo ele, as situações mais problemáticas hoje são as de Rio Branco (AC) e Porto Alegre (RS).

Em audiência pública no Senado, Vale classificou a atual pista do aeroporto da capital do Acre como "um verdadeiro tobogã". Segundo ele, a pista tem desníveis causados por problemas no terreno que fazem com que seja necessário uma equipe permanente de manutenção no local.

Vale informou que um estudo está sendo feito para a reforma da pista, mas ele acredita que será difícil que o trabalho recomende a reforma devido aos problemas no terreno. Para o presidente, o mais provável é que a cidade tenha que receber um novo aeródromo.

Em Porto Alegre a situação é semelhante. A capital do Rio Grande do Sul tem a pista com o menor tamanho entre os grandes aeroportos do país, 2,4 mil metros, e com cerca de 400 obstáculos ao redor.

Segundo Vale, um estudo será concluído esse mês para saber se vale a pena ampliar a pista, mesmo com os obstáculos. Para ele, isso melhoria a situação por um período curto. A outra opção seja começar imediatamente o projeto de um novo aeródromo na região metropolitana.

"Um aeroporto demora oito anos para ser concebido e construído. Certamente nesse tempo o aeroporto atual de Porto Alegre não vai comportar a demanda, mesmo com a pista ampliada, e será necessário um novo", afirmou Vale.

As outras capitais que vão precisar de um novo aeroporto no período, para Vale, são Salvador (BA) e Recife (PE), onde ele acha improvável que as atuais pistas possam ser ampliadas. Já Curitiba (PR) e o aeroporto de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), também vão precisar de pistas novas mas há espaço suficiente nos atuais aeroportos.

Vale também relembrou que os estudos de viabilidade da concessão dos aeroportos de Guarulhos e Campinas (SP) apontaram que em 2032 haverá um contingente de 30 milhões de passageiros sem atendimento mesmo com os atuais aeroportos operando em sua máxima capacidade.

Segundo ele, isso aponta para a necessidade de São Paulo ter um terceiro aeroporto na região metropolitana. Vale ressaltou que em 20 anos as condições podem mudar e os concessionários vencedores podem encontrar soluções de ampliação que comportem essa demanda. Caso isso não aconteça, ele acredita que o novo aeroporto será necessário.

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