Um Boeing da companhia aérea Gol com mais de cem pessoas a bordo perdeu parte dos instrumentos no meio das nuvens logo ao decolar da cidade mais populosa do país, São Paulo, levando os pilotos a declarar emergência. O episódio foi em outubro e o diálogo, entre controlador e pilotos, está publicado em sites especializados em aviação na internet. A conversa demonstra que o controlador, em terra, foi decisivo para o final feliz (ouça o diálogo no vídeo). Logo ao decolar de Congonhas, com destino ao Santos Dumont, o Boeing 737- 800 da Gol perdeu as indicações de altitude e velocidade. O piloto declarou emergência e contou com a ajuda do controlador Ricardo Blanco para pousar com segurança no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas.
Na segunda-feira (12), o controlador de voo, Ricardo Blanco, e o comandante do avião, Cesídio Sampaio, se encontraram pela primeira vez em um hangar do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Para quem passou, digamos, um susto, o encontro nem é assim tão efusivo. São dois veteranos, acostumados a controlar as próprias emoções. Cesídio Sampaio, o comandante do Boeing, tem 56 anos de idade e 38 anos de profissão.
O suboficial da Aeronáutica, Ricardo Blanco, aos 47 anos, já completou 31 anos como controlador. Por isso mesmo, as frases curtas têm muita força. "Você fez uma diferença muito grande". O que eles queriam mesmo era um dizer ao outro o que pensou naqueles instantes da emergência. “A minha ideia no momento em que declarei emergência, como naquele primeiro momento estava com erro em todos os instrumento ainda, não sabia em qual confiar e eu queria que as pessoas se afastassem”, diz o piloto Cesídio.
O comandante queria evitar o risco de colisão no ar e estava certo. “Você se preocupou primeiro, claro, não podia ser diferente, primeiro em voar o avião, para depois navegar”, diz o controlador Blanco. “Nós demos muita sorte de estar decolando da pista 17 não da pista 35. Por que isso? Porque a 35 a gente tem uma curva a direita compulsória”, diz o piloto.
O comandante Cesídio se refere ao fato de, decolando da cabeceira 17, o avião se dirigir para o litoral, na altura de Santos. No sentido contrário, o da cabeceira 35, ele teria de fazer uma curva à direita e continuar sobrevoando a capital paulista.
O comandante chegou a ficar bastante preocupado. “Vamos pensar o pior e a situação em vez de degragar ela simplesmente melhorou e a aí foi até o pouso”, explica o piloto. A conversa da Blanco e Cesídio continuou na sala de controle de aproximação de São Paulo e com mais detalhes sobre o que passou pela cabeça deles. Ao falar de si mesmos, eles relembram como foi o momento do choque. “Eu podia ter olhado aquilo e não ter reagido imediatamente”, avisa o piloto. E o que todo mundo quer saber: quando caiu a ficha? "Dois dias depois", afirma o piloto.
“No momento em si da ocorrência, a adrenalina mantém a gente no nosso nível de alerta e lembramos de experiências anteriores, o que a gente já vivenciou nas outras emergências e não vamos deixar que a parte emocional tome conta da situação senão você perde o controle do que está fazendo”, afirma o piloto.
Ninguém quer passar pelo que eles passaram. Mas, se acontecer, e se for com gente como o comandante Cesídio e controlador Blanco, o susto vira uma história de final feliz.
Speech de boas vindas!
Senhoras e Senhores,
Bem vindos ao blog "aqui em cima".
Obeservem o número da poltrona no cartão de embarque.
Junto as saídas de emergência, não é permitida a acomodação de crianças ou colocação de bagagens.
Acomodem a bagagem de mão no compartimento acima ou embaixo da poltrona à sua frente.
Lembramos que os pertences de mão trazidos a bordo são de responsabilidade dos clientes.
Obrigado.
14 de dezembro de 2011
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