A TAM (TAMM4) conseguiu arrancar elogios do mercado com os dados do quarto trimestre de 2011 divulgado na manhã de segunda-feira (13). A empresa fechou 2011 com prejuízo líquido de R$ 335,1 milhões, revertendo o lucro líquido de R$ 637,4 milhões de um ano antes. No último trimestre do ano, no entanto, a companhia aérea registrou saldo positivo de R$ 95,5 milhões.
“Em termos operacionais, a TAM apresentou um resultado consistente, com destaque para a margem Ebit [lucro antes de juros e impostos] de 8,3%, ficando acima da expectativa do mercado”, reforçou o analista William Castro Alves, da XP Investimentos.
Segundo ele, dentre as variáveis de controle da empresa, as despesas operacionais ganharam destaque, mas há ressalvas. “Apesar dos números operacionais terem nos surpreendido positivamente, devemos contabilizar as demais variáveis que prejudicaram este resultado, leia-se, principalmente, câmbio e combustível”, diz Alves.
Assim, ele vê um lucro líquido sensivelmente reduzido, o que justifica a classificação neutra da corretora para os números apresentados. “O que por sua vez corrobora nossa tese de não exposição no setor, dado um mercado extremamente competitivo e a constante pressão de custos em variáveis que muitas vezes fogem do controle da companhia”, conclui.
Na mesma linha, os analistas da Fator Corretora, Jacqueline Lison, Rodrigo Faria e Gustavo Perez, também atribuíram à rentabilidade operacional como o grande filão do relatório da TAM. “Sobretudo em função do avanço das receitas, maior racionalidade tarifária e bom trabalho no controle de custos. Os preços das ações da companhia devem permanecer arbitrados em função da relação de troca de 0,9 ação da LAN para cada ação da TAM”, dizem.
Assim, eles seguem com a recomendação de manutenção para TAMM4 com preço-alvo de R$ 36,00, um desconto de 9,97% em relação ao fechamento da véspera, que foi de R$ 39,59.
Mesmo trazendo outro aspecto do relatório, o analista Victor Mizusaki, do UBS, também elogia os dados da empresa. “O foco na maximização do RASK (receita por assento quilômetro), os fortes resultados relatados pela Multiplus e o controle dos custos forte ajudaram a TAM a bater o nosso consenso e o do mercado.” Assim, o banco também sustenta a avaliação neutra para as ações com preço-alvo de R$ 41,80, upside de 5,58%.
Por fim, os analistas do HSBC, Luciano Campos e Marcello Günther, destacam a recuperação nos yields domésticos, que aumentaram 3,2% ao ano entre outubro e dezembro, "confirmando a tendência de recuperação, que pode continuar nos próximos trimestres, já que as maiores empresas sinalizaram uma desaceleração na expansão da capacidade em 2012", projetam os especialistas que avaliaram o resultado como melhor que o esperado e que estimam um preço-alvo de R$ 39,00, um desconto de 1,51%.
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