Autoridades de segurança aérea da Europa ampliaram as buscas por rachaduras nas asas do superjumbo A380 para toda a frota da aeronave, nesta quarta-feira, e disseram que defeitos comuns poderiam apresentar riscos à segurança se deixados sem reparos.
A decisão de prosseguir com uma inspeção gradual de todas as 68 unidades do A380 em serviços ocorre enquanto a Qantas Airways deixou de operar um de seus aviões por até uma semana após a descoberta de 36 diferentes rachaduras em partes de suas asas.
As novas medidas da European Air Safety Agency (EASA) "refletem os resultados de uma primeira rodada de inspeções, que encontrou rachaduras em quase todas as aeronaves examinadas", disse o porta-voz do órgão Dominique Fouda.
"Essa condição, caso não seja detectada e corrigida, pode levar a uma redução da integridade estrutural da aeronave", disse a empresa europeia em uma instrução a companhias aéreas.
Ao identificar que se acredita que as falhas sejam estruturais e difundidas, a ordem vai concentrar a atenção em falhas recentemente identificadas nos novos jatos carros-chefe de ambas as fabricantes de aeronaves dominantes no mundo.
A Airbus e da norte-americana Boeing mantêm que seus mais novos modelos continuam seguros para voar.
Sob a nova ordem, divulgada inicialmente pela Reuters no início desta quarta-feira, as sete companhias aéreas que atualmente operam com A380s devem realizar inspeções pela Airbus e reparos preliminares antes de seus voos de número 1.300.
A primeira rodada de inspeções, que abrangeu um terço da frota, cobriu apenas jatos que haviam excedido esse número de voos. Aeronaves que se aproximam desse número ou que o ultrapassaram devem agora ser inspecionadas e reparadas em questão de semanas.
As partes danificadas, que prendem as asas à estrutura subjacente, não são "uma estrutura cuja função primordial é suportar peso", disse o porta-voz da Airbus Stefan Schaffrath.
Rachaduras foram descobertas em "um punhado" de cada uma dessas 4 mil peças presentes em cada aeronave, adicionou. "A operação segura dessa aeronave não está em risco".
As inspeções haviam se concentrado inicialmente em 20 aeronaves operadas pela Singapore Airlines, Air France e a Emirates, de Dubai, -que registrou o maior número de voos de A380 nos quatro anos, desde que o maior avião de transporte de passageiros do mundo entrou em serviço.
Elas agora serão realizadas em superjumbos operados pela Qantas, China Southern, Korean Air e Lufthansa.
A Qantas deixou de operar um de seus 12 A380s após a descoberta de rachaduras de 2 centímetros que foram "rastreadas até um problema de fabricação", disse a fabricante australiana nesta quarta-feira.
Foram durante longos reparos em um outro avião da Qantas que os problemas do A380 emergiram, após a explosão de um motor em 2010, que destruiu uma asa.
O A380 com mais tempo de serviço na Lufthansa realizou cerca de 900 voos, disse o porta-voz da empresa Michael Lamberty. "Isso significa que temos espaço suficiente para realizar as inspeções aeronave por aeronave, como parte normal da manutenção rotineira".
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