A TAM admitiu ontem que deixará de fazer parte da Star Alliance, aliança de companhias aéreas da qual é integrante desde maio de 2010.
Segundo Maurício Amaro, presidente do Conselho de Administração da Latam, holding que reúne TAM e LAN criada oficialmente ontem, nos próximos meses o grupo decidirá se a TAM integrará a aliança da LAN, a Oneworld, ou se "ficará independente".
Por decisão do tribunal de defesa da concorrência chileno, LAN e TAM têm 24 meses para decidir pela Oneworld ou pela Star. Mas na mesma decisão o tribunal determinou que a LAN não poderá integrar a aliança do grupo Avianca-Taca.
Como a saída da TAM já era esperada, a Star Alliance fechou com a Avianca, operação formalizada na quinta.
Após a Star ser informada formalmente da saída da TAM, o que ainda não ocorreu, o desligamento efetivo se dará em seis meses.
Enquanto isso, passageiros da TAM e da LAN já poderão compartilhar milhas a partir do próximo dia 27, quando os respectivos programas serão integrados, a partir de então também será possível comprar bilhetes de uma empresa no site da outra.
Ontem as companhias concluíram o processo de troca de ações e de cancelamento do registro de empresa aberta da TAM --etapa que faltava para a criação da Latam.
A holding nasce como o segundo maior grupo do setor em valor de mercado. Apesar de tratada como fusão pelas famílias Amaro (TAM) e Cueto (LAN), a operação é interpretada pelo mercado como uma aquisição da TAM pela LAN.
As ações serão negociadas na Bolsa de Santiago do Chile, cidade sede do grupo.
Cada companhia manterá a própria marca e as operações domésticas ficarão independentes, afirma Enrique Cueto, presidente da Latam.
Caberá aos executivos da Latam consolidar finanças, pensar estratégias de compra de aviões e planejar a integração das malhas internacionais e da operação de carga.
São Paulo será o principal hub internacional. A LAN e suas subsidiárias (Peru, Argentina, Colômbia e Equador) "alimentarão" os voos internacionais da TAM. Essa rede permitirá o lançamento de dez novos voos até 2013. "São voos que não se justificariam sem a rede de alimentação da LAN", diz Amaro.
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